Diretor: "fomos à rua saber o que queriam de 'Confissões de Adolescente'"

Após duas temporadas de enorme sucesso no canal Cultura, de 1994 a 1996, Confissões de Adolescente está de volta, mas desta vez na telona do cinema. Daniel Filho, o diretor da série na TV, assumiu mais uma vez a tarefa de discutir os problemas das jovens. Agora, para uma geração de adolescentes que não tinha nem nascido quando o programa chegou ao fim, há 18 anos.

“Fizemos pesquisa na rua para saber o que as pessoas que assistiram à série esperavam de um filme do Confissões, e aqueles que não assistiram para saber o que gostariam de saber”, disse o diretor em coletiva de imprensa do longa, nesta segunda-feira (16), em São Paulo.  

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Com estreia marcada para 10 de janeiro, Confissões de Adolescente traz um novo elenco jovem, com Sophia Abrahão, Malu Rodrigues, Bella Camero e Clara Tiezzi como protagonistas e Cássio Gabus Mendes vivendo o papel do pai zeloso viúvo.

As quatro protagonistas da série nos anos 1990, Maria Mariana, Deborah Secco, Daniele Valente e Georgiana Góes, também estão no filme, com papéis secundários. Luis Gustavo, porém, está de fora da produção.

“Fizemos uns 450 testes com meninos e meninas. O elenco mais velho é de participação fundamental no filme, porque elas foram o ponto de partida para tudo”, disse a co-diretora Cris T’Amato. Segundo, Daniel Filho, a participação das veteranas foi muito fácil, pois todas são fãs do seriado.

Para o diretor, porém, criar um roteiro sólido foi uma tarefa difícil, que até a conclusão do filme, durou quatro anos. “Foi muito complicado porque eu tinha vários scripts na mão. Foi uma viagem muito grande fazer o filme chegar aonde chegou. Houve mudança de geração, por isso fizemos a pesquisa na rua”, explicou.   

Confissões de Adolescente surgiu como livro, há mais de 20 anos, pelas mãos de Maria Mariana, que a transformou também em peça teatral. Foi aí que Daniel Filho se envolveu com a série. “Na época, eu tinha me afastado da Rede Globo e queria fazer algo independente. Eu vi o segundo dia da peça, há 21 anos, e fiquei emocionado, aos prantos”, recordou. “Filmei o piloto do seriado do meu bolso, junto com Euclydes Marinho. Levei o piloto para todos os canais, mas ninguém aceito. Só depois que a Cultura topou fazer.”