Por que escolas que foram esquecidas por jurada receberam nota dez
Uma das juradas esqueceu de atribuir nota para três escolas e decisão da Liesa pegou mal
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A apuração das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro foi realizada nesta quarta-feira, 5. A Beija-Flor de Nilópolis sagrou-se a campeã no mesmo ano que Neguinho da Beija-Flor anunciou sua aposentadoria com intéprete da agremiação. Este é o 15º título da escola no carnaval do Rio.
Durante o anúncio das notas, algo incomum aconteceu e chamou atenção de quem assistia: a jurada Ana Paula Fernandes, responsável pelo quesito samba-enredo, não definiu nota para três escolas de samba que desfilaram na Marquês de Sapucaí na terça-feira, 4: Mocidade, Paraíso do Tuiuti e Portela. No papel oficial, constava apenas que ela tinha dado 10 apenas para a Grande Rio.
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Com a ausência das notas para as três agremiações, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu repetir a nota dada para todas as outras escolas.
Conforme o regulamento da Liesa, em casos que um ou dois jurados de um mesmo quesito não atribuem notas a qualquer agremiação, a maior nota dada por outros jurados é replicada para as agremiações que ficaram sem avaliação. É uma medida que visa não prejudicar as escolas pelo desfalque do jurado.
Na hipótese de três ou mais julgadores do mesmo quesito esquecerem de atribuir notas para as escolas de samba, o quesito em questão é anulado. Este ano foram 36 jurados, para nove quesitos de avaliação.
A decisão de repetir a nota '10' para Mocidade, Paraíso do Tuiuti e Portela repercutiu negativamente durante a apuração do grupo especial do Rio. Porém, o veredito da Liesa respeitou o código de normas.
Beija-Flor é campeã do carnaval no Rio
A Beija-Flor levou para a avenida o enredo "Laíla de Todos os Santos", em homenagem a Laíla, histórico diretor de carnaval da escola, que morreu em 2021. A apresentação celebrou a trajetória e o legado dele.
No dia do desfile, Giovanna Lancellotti chamou atenção ao surgir com uma fantasia superdecotada, inspirada nas chamas do fogo. "Já estou quente para a minha escola. E tenho certeza de que será incrível", disse nas redes.
O desfile também marcou a aposentadoria de Neguinho da Beija-Flor como intérprete da escola. Ele permaneceu no posto por 50 anos. Em entrevista após a vitória em 2024, afirmou que não há retorno.
Aos 75 anos, Neguinho deixa uma trajetória marcada por conquistas. Sua voz embalou os 14 títulos da escola na elite do samba e rendeu a ele cinco prêmios Estandarte de Ouro na categoria de melhor intérprete, honraria concedida pelo jornal O Globo aos destaques dos desfiles. Seu nome se confunde com a história da Azul e Branco de Nilópolis, tornando-se um dos maiores símbolos da agremiação.
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