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Unesco reconhece nova reserva da biosfera na Itália

15 set 2021 - 17h14
(atualizado às 17h35)
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O conselho do Programa Homem e Biosfera (MAB, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), declarou 20 novos locais, em 21 países, incluindo na Itália, como novas reservas mundiais da biosfera.

Monte Grappa, na Itália
Monte Grappa, na Itália
Foto: Foto / Divulgação / Ansa - Brasil

O novo reconhecimento, que inclui áreas especialmente protegidas com o objetivo de compatibilizar a conservação da natureza com o desenvolvimento econômico, foi divulgado nesta quarta-feira (15), durante o Conselho Internacional de Coordenação do Programa do Homem e da Biosfera da Unesco (MAB-ICC), que está em curso em Abuja, na Nigéria.

A lista inclui a Reserva da Biosfera Monte Grappa, na Itália, onde 25 municípios se uniram para formar a reserva, que cobre uma área de 66.067 hectares e tem uma população de 174.184 habitantes.

"Situado no afloramento de uma falha geológica e caracterizado por uma paisagem de picos nevados e pastagens típicas da cadeia Dolomita, o local do Monte Grappa domina os vastos ecossistemas de planícies da região de Vêneto e Valle do Pó", descreve o comunicado.

Segundo a Unesco, "a associação de municípios pretende retomar as atividades florestais para atrair novos habitantes e inverter a tendência de despovoamento gradual que se iniciou no século 19 nesta região". "Também está previsto que a reserva da biosfera funcione como um laboratório de ideias e uma plataforma local para a promoção de uma economia verde e circular.

Além da italiana, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura reconheceu também Líbia, Lesoto e Arábia Saudita, com as suas reservas: Ashaafean, Matseng e Juzur Farasan, respectivamente.

A lista ainda inclui outros sítios no Canadá, França, Coreia do Sul, Cazaquistão, Rússia, Peru, Espanha, Tailândia, Uzbequistão e Vietnã. 

Na Europa, a Reserva da Biosfera de cinco países Mura-Drava-Danúbio se torna a primeira a ser co-administrada por vários países (Áustria, Croácia, Hungria, Sérvia e Eslovênia). Outra reserva que também é fronteiriça é a região do Lago Uvs, entre Rússia e Mongólia, na Ásia central.

"A Unesco acompanhará os países para atingir a meta de que até 2030 30% do planeta seja formado por áreas protegidas. E isso começa aqui, com essas novas reservas entrando na Rede MAB. A educação ambiental também é essencial para reconstruir nossa relação com a natureza, desde a primeira infância até os programas de pesquisa em biodiversidade", explicou Audrey Azoulay, diretora Geral da entidade.

Segundo a executiva, a Unesco "está mobilizada para garantir que o meio ambiente seja um componente essencial do currículo escolar até 2025".

"O Conselho Internacional de Coordenação do Programa sobre o Homem e a Biosfera da Unesco aprovou essas inclusões, além da ampliação de duas reservas da biosfera já existentes (na Itália e no Chile)", acrescentou a organização em comunicado.

Entre as reservas ampliadas, está a de Appennino Tosco Emiliano, na Itália, que foi estendida em 275.384 hectares e agora abrange um total de 498.613 hectares, com uma população permanente de mais de 378.424 habitantes.

A localização do sítio na fronteira geográfica e climática entre a Europa continental e mediterrânea oferece grande biodiversidade, com pelo menos 260 espécies de plantas aquáticas e terrestres e 122 espécies de pássaros, anfíbios, peixes e invertebrados de interesse comunitário e de conservação regional.

"A extensão servirá para envolver as comunidades locais em uma vida em harmonia com a natureza, encorajar o reconhecimento local do valor dos serviços ecossistêmicos, dos quais as comunidades são os principais beneficiários, e fornecer oportunidades de investimento na conservação e desenvolvimento desses serviços ecossistêmicos", finaliza a nota.

Ansa - Brasil   
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