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Cabelo de cheetos e olhos de donut: veja obras de fast-food

Artista britânico chama a atenção com esquisitas esculturas feitas de fast-food e doces como critica ao consumo de alimentos pouco saudáveis

14 out 2014 - 13h10
(atualizado em 22/10/2014 às 15h02)
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O artista britânico James Ostrer, de 35 anos, não vivia sem açúcar e junk food desde que seus pais se divorciaram durante sua infância. Uma visita ao McDonald’s era parte obrigatória dos seus fins de semana - uma realidade comum para muitas crianças. O hábito, claro, contribuiu para o vício por hambúrgueres e doces. Assim como ele, os britânicos consomem uma média equivalente a 238 colheres de chá de açúcar por semana, o que tem tornou mais de um quarto da população obesa.

Foto: Divulgação

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Pensando nisso, ele criou a exibição Wotsit All About, aberta há pouco tempo em Londres, com imagens de esculturas humanas feita de alimentos gordurosos e calóricos. Foram aproximadamente R$ 18 mil gastos em barras de chocolate, jujubas, doces diversos e salgadinhos dedicados para a criação das esculturas.

Com a arte, Ostrer, que passou sete anos como pintor de cenários da Companhia Nacional de Balé Britânico, pretende mostrar sua preocupação com o consumo excessivo de fast-food e as práticas de sedução da indústria alimentícia. “São alimentos desenvolvidos para nos atrair, mas sem valor nutricional algum”, disse ele em entrevista ao Terra .

Algumas das imagens criadas por Ostrer poderiam ser consideradas verdadeiros pesadelos, mesmo para Willy Wonka. “Algumas pessoas olham meu trabalho e sentem fome, enquanto outras têm uma profunda discussão política e social de como nosso mundo está doido”, conta. 

“A minha ideia era entrar em contato com fast-food de uma maneira que me desencorajaria a consumir este tipo de comida de uma vez por todas”, disse ele, apesar de deixar claro que ainda não se curou do vicio. “Meu trabalho é como uma terapia; eu sou o terapeuta e o cliente”, brinca.

Ostrer, que vende seus trabalhos atualmente por cerca de R$ 15 mil cada, explica que a criação de suas obras não é tão fácil quanto parece. “Eu consigo criar duas ‘cabeças’ por dia, mas em termos de um modelo inteiro, leva em torno de 8 horas”, detalha. “Mas às vezes eu crio uma face, e algo acaba caindo no chão, então muitas vezes você não vê todo o esforço que eu coloco em minhas obras”.

De acordo com ele, a ideia é brincar com os elementos utilizados pela indústria alimentícia para atrair o público. “A Coca-Cola coloca o nome das pessoas nos rótulos das garrafas, o que é genial, pois tornou uma bebida que era objeto de críticas pesadas, uma amiga dos consumidores. Você tira uma foto com a garrafa e posta no Instagram”, disse.

Mas, afinal, trabalhar com doce não aumenta a vontade de consumi-los? “Dá vontade de comer as obras, sim. Mesmo com boas intenções, meu estúdio está rodeado com os alimentos que sempre fui viciado. É um pesadelo”, disse. “Uma amiga superatlética e que detesta esse tipo de comida, deliberadamente abriu um pacote de cheetos no meu estúdio”, lembra. “Ela não comia salgadinhos desde os 16 anos; e tem 35. Eu admiro esse controle. Porém, mesmo as pessoas mais controladas não resistem à tentação e é isso que eu quero mostrar”.

Foto: Divulgação

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Fotos: Divulgação

Fonte: Especial para Terra
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