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Brasileira Embraer investirá R$ 3,4 bi em nova geração jatos

A terceira maior fabricante de aviões do mundo estimou uma demanda por 6,4 mil aviões comerciais

17 jun 2013 - 07h22
(atualizado às 15h36)
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A fabricante brasileira Embraer disse durante a Paris Airshow nesta segunda-feira que planeja investir US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões) nos próximos oito anos na nova geração de E-Jets. A empresa de São José dos Campos vai atualizar sua família de aviões, com aviônica avançada e motores mais eficientes da Pratt & Whitney.

A terceira maior fabricante de aviões do mundo estimou uma demanda por 6,4 mil aviões comerciais com até 130 assentos nos próximos 20 anos. A nova geração considera três novos aviões: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. O primeiro entra em serviço no primeiro semestre de 2018, sendo que o segundo começa a operar em 2019 e o terceiro em 2020.

A nova geração E2 tem três modelos
A nova geração E2 tem três modelos
Foto: Divulgação

Com cerca de 1.200 encomendas de E-Jets, a Embraer detém 42% do mercado nesse segmento. Mais de 950 E-Jets foram entregues até o momento para 65 clientes de 47 países.

A ação da Embraer exibia forte alta na bolsa paulista, com valorização de quase 6% às 14h47, a R$ 19,85. O papel era a maior alta do Ibovespa, que tinha ganho de 1,06%.

Ao lançar os novos produtos, a Embraer divulgou pedidos por até 365 dos novos aviões.

A companhia aérea americana SkyWest será a cliente-lançadora do E175-E2, com pedido firme por 100 aeronaves e direitos de compra por outros 100 aviões. Se todas as encomendas forem confirmadas, o valor do negócio é de US$ 9,36 bilhões, a preços de tabela. A SkyWest já tinha acertado a compra de até 200 unidades do atual E-175, em maio.

Ainda na Paris Air Show, a Embraer disse que a empresa de leasing ILFC assinou uma carta de intenções para comprar 25 jatos E-190-E2 e 25 aviões E-195-E2, com opções para mais 50 unidades.

Embora não tenha apresentado os preços de tabela dos novos produtos, a Embraer informou que eles serão cerca de 15% acima dos modelos em produção agora. Assim, pelos cálculos da Reuters, o valor total dos acordos, se confirmados, atingiria US$ 18 bilhões.

Aviões maiores

A Embraer planeja acrescentar três fileiras de assentos ao seu maior jato, o E-195, e uma fileira ao modelo E-175. A nova geração dos E-Jets não incluirá o menor avião da família atual, o E-170.

O campeão de vendas E-190 será o primeiro a ser atualizado. Ele terá o mesmo tamanho da versão disponível hoje, com capacidade para até 106 passageiros.

Pelo cronograma da Embraer, o E190-E2 entrará em serviço no primeiro semestre de 2018, com o E-195-E2 iniciando voos comerciais em 2019 e o E-175-E2 em 2020.

A economia de combustível com os novos jatos será de 16% a 23% frente aos atuais.

O motor mais eficiente poderá ajudar a Embraer a manter sua liderança recente conquistada no mercado de aviões de 70 a 120 assentos, além de colocar pressão adicional sobre a Bombardier. Com o novo E-195 de 132 lugares, a fabricante brasileira rivalizará mais diretamente com o novo CSeries da empresa canadense.

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