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Tecido artificial de órgão íntimo pode restaurar ereção em porcos

O produto foi testado com mini porcos que possuíam lesões na túnica albugínea; resultados são animadores

4 jan 2023 - 17h35
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Os adesivos da túnica albugínea artificial, com uma injeção salina, foram capazes de restaurar a função erétil dos animais
Os adesivos da túnica albugínea artificial, com uma injeção salina, foram capazes de restaurar a função erétil dos animais
Foto: Pixabay

Um tecido artificial foi capaz de restaurar a função erétil em porcos, em pesquisa feita por cientistas na China. A descoberta é promissora para reparar danos nos pênis de humanos. A publicação ocorreu na revista científica Matter.

“Esta é uma área que recebeu pouca atenção, mas a necessidade relacionada é enorme”, segundo o autor do estudo, Xuetao Shi. 

Estima-se que 50% dos homens de 40 a 70 anos tenham alguma forma de disfunção erétil, de acordo com os pesquisadores. Cerca de 5% deles sofrem com a doença de Peyronie, condição que causa um espessamento fibroso na túnica albugínea – parte do pênis –  e pode deformar o órgão.

Normalmente causada por lesões durante o sexo, a doença também prejudica a excitação. Algumas das consequências são ereções dolorosas ou encurtamento do pênis, o que pode exigir tratamento cirúrgico. 

Uma tentativa de solução já testada foi o uso de outras partes do corpo para fazer remendos e substituir a túnica albugínea com problemas, mas às vezes o sistema imunológico as rejeita. 

Construindo uma alternativa

Os testes bem-sucedidos em porcos representam um passo a mais no tratamento de doenças penianas nos homens
Os testes bem-sucedidos em porcos representam um passo a mais no tratamento de doenças penianas nos homens
Foto: Pixabay

Por isso, os pesquisadores chineses criaram uma túnica albugínea artificial (ATA, do termo em inglês), que imita a elasticidade do tecido natural com uma substância chamada hidrogel. Ele pode ser natural ou sintético, e ultimamente, é usado para diversas aplicações médicas, desde lentes de contato até engenharia de tecidos. 

O tecido artificial foi testado com mini porcos (raças menores do animal) que possuíam lesões na túnica albugínea. E o resultado foi um sucesso: combinados com uma injeção salina, os adesivos de tecidos foram capazes de restaurar a função erétil dos animais.

“Os resultados um mês após o procedimento mostraram que o grupo ATA alcançou bons, embora não perfeitos, resultados de reparo”, afirmou Shi.

Segundo ele, o próximo estágio será considerar o reparo de problemas penianos em geral ou a construção de um pênis artificial. Além disso, estão previstas explorações para curar outros tecidos, como o coração e a bexiga.

Fonte: Redação Byte
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