Conhecimento é fundamental para evitar golpes e fraudes financeiras
A digitalização acelerada aumentou os golpes financeiros, como falsas ofertas de crédito e cobranças antecipadas; recomenda-se checar instituições, proteger dados e desconfiar de promessas fáceis.
Nos últimos anos, com a digitalização acelerada dos serviços, também cresceram os casos de fraudes financeiras. Entre os golpes mais recorrentes estão as falsas ofertas de crédito, especialmente envolvendo empréstimos consignados, onde criminosos simulam ser representantes de instituições financeiras para enganar os consumidores.
Esses golpistas costumam oferecer taxas de juros muito abaixo do mercado e condições extremamente vantajosas. Na abordagem, solicitam dados pessoais como CPF, dados bancários e até documentos. Com essas informações, conseguem contratar empréstimos em nome da vítima, desviando o crédito para contas de terceiros, os chamados “laranjas”.
Outro golpe frequente envolve a cobrança de taxas antecipadas (como seguros, impostos ou “custos operacionais”) que não existem. Após o pagamento, os golpistas somem sem deixar rastros. Também são comuns tentativas de fraude disfarçadas de renegociação de dívidas. Os golpistas oferecem supostos descontos atrativos e solicitam pagamentos antecipados por boleto, mas, na maioria das vezes, trata-se de golpe.
Diante disso, reforço aqui dicas essenciais para evitar ser vítima desse tipo de crime:
1. Só instituições financeiras autorizadas podem oferecer empréstimos
Antes de fechar qualquer contrato, confirme se a empresa está autorizada pelo Banco Central do Brasil a operar como instituição financeira. A consulta pode ser feita de forma simples e gratuita no site oficial.
2. Verifique os canais oficiais
Nunca confie apenas no número ou contato recebido por mensagem. Acesse o site oficial da instituição e ligue diretamente para o número informado na página oficial para confirmar se quem está te atendendo realmente representa a empresa.
3. Jamais informe suas senhas
Em hipótese alguma forneça senhas de banco, e-mail, contas do GOV ou qualquer outro acesso pessoal. Esses dados são sigilosos, pessoais e intransferíveis. Nenhuma instituição séria ou autorizada irá solicitar esse tipo de informação, seja por telefone, e-mail, WhatsApp ou redes sociais.
4. Desconfie de ofertas “imperdíveis”
Se uma proposta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é golpe. Taxas muito baixas, aprovações instantâneas e pressa para fechar negócio são sinais claros de alerta.
5. Proteja seus dados e dispositivos
Ative autenticação em dois fatores nos aplicativos, evite clicar em links desconhecidos e nunca instale programas a pedido de terceiros. Softwares de acesso remoto, como AnyDesk ou TeamViewer, são frequentemente usados por criminosos para invadir seu aparelho.
6. E se eu for vítima de um golpe?
Se identificar que caiu em um golpe, aja com rapidez:
• Avise imediatamente o seu banco para bloquear movimentações suspeitas
• Registre um Boletim de Ocorrência presencial ou online
• Monitore suas contas bancárias e cartões de crédito
• Procure os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, para buscar orientações e reparação
Em um mundo cada vez mais digital, a sua segurança financeira depende, acima de tudo, de informação, atenção e prudência. Nenhuma instituição séria vai prometer dinheiro fácil, exigir pagamentos antecipados ou solicitar senhas pessoais. Essas são práticas claras de golpistas, e devem gerar desconfiança imediata.
Antes de aceitar qualquer oferta, confirme se a instituição está autorizada pelo Banco Central do Brasil, verifique os canais oficiais e jamais compartilhe dados sigilosos. Lembre-se: proteger seus dados é proteger seu patrimônio, sua tranquilidade e o seu futuro.
Se uma oferta parecer boa demais para ser verdade, é porque provavelmente não é real. Golpes quase sempre começam com promessas irresistíveis e terminam em prejuízo.
(*) Dayana Xavier é CEO da Lecca e fundadora da BTW.