Fraude do falso advogado: confira 6 dicas para se proteger
Com o grande número de ações ativas, muitos trabalhadores têm se tornado alvo de tentativas de golpe
Fraudes envolvendo falsos advogados têm crescido no Brasil, aproveitando dados públicos e a demora no sistema judicial, exigindo atenção às dicas de segurança e, como alternativa, destacando a cessão de crédito judicial para antecipar valores de ações ou precatórios.
Uma nova modalidade de fraude tem se espalhado pelo país: pessoas que se passam por advogados, assessores jurídicos ou funcionários de escritórios de advocacia entram em contato com quem possui ações judiciais em andamento. Para dar credibilidade à abordagem, os falsos profissionais utilizam dados verdadeiros - como nomes e registros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de informações reais dos processos obtidos em sites de consulta pública - e prometem a liberação de valores, indenizações ou precatórios.
Fingindo ser o representante legal da vítima, o golpista cria um senso de urgência e usa argumentos variados. As mensagens enganosas costumam solicitar o pagamento de “taxas de liberação” ou transferências por Pix para supostamente “desbloquear” o crédito judicial. Para se proteger, confira algumas orientações:
1. Desconfie de mensagens com cobranças urgentes, links suspeitos ou ligações com linguagem técnica e apressada.
2. Não realize transferências ou pagamentos por impulso, principalmente para contas de terceiros.
3. Confirme as informações diretamente com seu advogado de confiança.
4. Nunca forneça dados pessoais ou bancários.
5. Registre um boletim de ocorrência em caso de suspeita de golpe.
6. Valide se os dados de contato que estão usando para entrar em contato com você, são os mesmos dados oficiais do escritório de advocacia que representa você.
Por que esses golpes acontecem?
O grande volume de ações trabalhistas e a lentidão do sistema judicial brasileiro abrem espaço para fraudes. Atualmente, há mais de 10 milhões de processos trabalhistas ativos no país, somando mais de R$ 1 trilhão em indenizações.
Em muitos casos, o trabalhador espera anos para que o processo seja julgado e a ordem de pagamento emitida. Mesmo após essa etapa, a liberação dos valores pode levar ainda mais tempo. Em São Paulo, por exemplo, o Tribunal de Justiça estima que os atrasos nos pagamentos ultrapassem uma década, chegando a 15 anos em alguns casos.
Para quem ainda não teve o pagamento liberado e deseja uma solução mais rápida e segura, existe a alternativa de vender o processo. A chamada cessão de crédito judicial está prevista no artigo 286 do Código Civil.
O passo a passo para realizar a venda da ação trabalhista ou do precatório é bastante simples: a pessoa interessada deve procurar uma empresa especializada em cessão de crédito judicial. No caso da Anttecipe.com, basta acessar o site e informar o número do processo. O segundo passo é uma análise da empresa, que verifica alguns critérios, como a existência de ordem de pagamento após a sentença e o valor envolvido na ação, que deve ser superior a R$ 80 mil.
Caso estes pontos sejam atendidos, a empresa apresenta ao cliente uma proposta de compra. Se ela for aceita, o pagamento do valor negociado é feito em até 24 horas após a assinatura do contrato - um prazo muito mais rápido para o recebimento se comparado aos anos de espera pelas vias tradicionais.
Quem se decide pela venda pode aproveitar para realizar seus sonhos a curto prazo, como viajar, comprar um imóvel próprio ou um carro, ou até mesmo quitar dívidas, agilizando a realização de projetos pessoais.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.