Rio de Janeiro faz primeiros testes com ‘carros voadores’
Trajetos que consomem mais de duas horas de trânsito são feitos em 15 minutos.
Alguns trajetos dentro da cidade do Rio de Janeiro podem consumir duas horas ou mais de trânsito no carro ou transporte coletivo. Mas os mesmos percursos vêm sendo testados com garantia de viagem de no máximo 15 minutos. Só que pelo ar.
Trata-se do laboratório de “carros voadores”, que estão em desenvolvimento.
Por enquanto, os trajetos são simulados em helicópteros, para futura utilização das chamadas aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL em acrônimo só existente em inglês).
A simulação é denominada Conceito de Operação e um dos executivos da futura operação explica melhor a ideia.
“É uma metodologia de estudo onde há um grande debate com todos os atores atuais da mobilidade aérea e empresas que podem participar desse mercado no futuro”, disse Luiz Renato Mauad, vice-presidente de serviços e operações de frota, em entrevista à CNN.
“Estamos debatendo e desenhando o que será necessário e quais os procedimentos que precisam ser criados ou alterados para que essa indústria realmente vire realidade”, completa.
O projeto tem acompanhamento de empresas responsáveis pelo tráfego aéreo na cidade, profissionais da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo).
“A mobilidade aérea urbana vai exigir a criação de infraestruturas físicas e alterações de procedimentos aéreos. Por isso é importante a participação de todos esses atores na simulação e seus feedbacks”, diz Mauad.
“Também estamos colhendo as impressões dos passageiros que embarcam nos voos e até dos pilotos do helicóptero. Este estudo de conceito no Rio de Janeiro vai gerar um documento, assinado por todas as partes envolvidas, explicando à comunidade o que precisa ser feito para termos uma operação segura e escalável com os eVTOLs no futuro”, conta Mauad. “O documento com as considerações finais do CONOPS será publicado em janeiro de 2022.”
A rota tem previsão de ativação para meados de 2026.
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