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Raio cósmico de origem misteriosa foi detectado pelo Telescope Array

24 nov 2023 - 17h01
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De acordo com um estudo publicado na revista científica Science, o detector de raios cósmicos de superfície do experimento Telescope Array (TA) receptou dados de um laser de energia ultra-alta. O raio passou rapidamente pela atmosfera da Terra no dia 27 de maio de 2021, contudo, os cientistas ainda não conseguiram compreender qual foi a origem do fenômeno.

Um grupo de cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, em parceria com pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, afirmam que se trata do segundo raio de maior energia já registrado entrando na atmosfera da Terra. O maior observado pela ciência ocorreu em 1991 e foi detectado pelo Fly's Eye, em Utah, nomeado de Oh-My-God (OMG) por conta da sua poderosa potência. 

A ilustração apresenta uma demonstração da entrada do misterioso raio cósmico na atmosfera da Terra.
raio cósmico
raio cósmico
Foto: Tecmundo

Na ocasião, os astrofísicos nomearam o segundo raio mais poderoso já detectado de Amaterasu, nome da deusa do Sol na mitologia do Japão. Conforme os cientistas explicam, o raio ativou 23 detectores  e registrou níveis de energia superiores a 240 exa-elétron-volts (EeV) — enquanto isso, a partícula Oh-My-God registrou 320 EeV.

"Esses eventos parecem vir de lugares completamente diferentes no céu. Não é como se houvesse uma fonte misteriosa. Podem ser defeitos na estrutura do espaço-tempo, colisões de cordas cósmicas. Quer dizer, estou apenas louco com as ideias que as pessoas estão apresentando porque não há uma explicação convencional [para o Amaterasu]", disse o professor e coautor do estudo, John Belz, em comunicado oficial.

Raio cósmico e origem misteriosa

Assim como aconteceu com o laser Oh-My-God, os cientistas não foram capazes de rastrear a origem de Amaterasu; esse é o grande mistério. Apesar de viajarem na velocidade da luz, eles não emitem radiação com uma luz comum. Na realidade, são partículas de núcleos atômicos e partículas subnucleares, como prótons e elétrons, provavelmente, produzidas durante supernovas e colisões estelares.

A imagem ilustra um raio cósmico de ultra-alta energia em comparação com um raio mais fraco.
A imagem ilustra um raio cósmico de ultra-alta energia em comparação com um raio mais fraco.
Foto: Osaka Metropolitan University / Kyoto University / Ryuunosuke Takeshige / Tecmundo

Atualmente, o Telescope Array está passando por uma expansão que pode auxiliar na resolução do mistério, pois serão instalados novos detectores que poderão detectar melhor as amostras de partículas geradas por raios cósmicos. Tanto o Amaterasu, quanto o Oh-My-God, foram detectados num raio que deve ultrapassar 160 milhões de anos-luz do Sistema Solar.

"As partículas têm uma energia tão alta que não deveriam ser afetadas pelos campos magnéticos galácticos e extragalácticos. Você deveria conseguir apontar de onde elas vêm no céu. Mas no caso da partícula Oh-My-God e desta nova partícula, você traça sua trajetória até a fonte e não há nada com energia alta o suficiente para tê-la produzido. Esse é o mistério aqui — o que diabos está acontecendo?", disse um dos autores do estudo e porta-voz do Telescope Array, John Matthews.

Mantenha-se atualizado esse e outros mistérios do universo aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber também sobre a cruz de Einstein descoberta distorcendo o espaço-tempo.

Tecmundo
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