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Por que programa espacial da Índia já chegou à Lua e o Brasil não?

Exploração espacial brasileira ainda tenta se recuperar do trágico acidente na Base de Alcântara em 2003

28 ago 2023 - 11h17
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Base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão, sofreu um grave acidente em 2003, comprometendo as operações
Base de lançamentos de Alcântara, no Maranhão, sofreu um grave acidente em 2003, comprometendo as operações
Foto: Wikimedia Commons

Enquanto o mundo observa com olhos cheios de admiração e curiosidade a conquista da Índia ao alcançar a Lua, é inevitável fazer uma comparação com a trajetória do Brasil na exploração espacial.

Os dois países, distantes geograficamente e com realidades econômicas e tecnológicas distintas, compartilham uma história de ambição no campo da exploração cósmica, mas carregam evolução distinta.

Enquanto a Índia celebra seu recente feito, o Brasil ainda luta para superar o trágico acidente na Base de Alcântara em 2003, que deixou marcas profundas em sua jornada espacial.

Esse mês, a Índia se destacou ao entrar para o seleto grupo de nações capazes de alcançar a superfície lunar. Com a missão não tripulada Chandrayaan-3, a nação demonstrou sua capacidade de inovação e determinação, adicionando um novo capítulo à sua bem-sucedida série de missões espaciais, se tornando o primeiro país a pousar no lado escuro da Lua.

O Brasil, no entanto, permanece em um estágio de reavaliação após o trágico incidente que abalou suas aspirações espaciais duas décadas atrás.

Em 2003, a Base de Alcântara, localizada no Maranhão, testemunhou uma explosão devastadora durante o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O acidente resultou na perda de 21 vidas e no comprometimento das instalações da base.  Hoje o Brasil só consegue lançar satélites com a utilização de foguetes estrangeiros.

Comparações

Se por um lado a Índia tem satélites de monitoramento, de comunicações, uma nave na órbita de Marte e até satélites no espaço, o Brasil caminha lentamente e só tem o primeiro item: o de monitoramento, o Amazonia-1, projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil, mas lançado pela agência espacial indiana (ISRO, na sigla em inglês). 

Como explicou ao Fantástico Maurício Ferreira, coordenador do Centro de Controle de Satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as missões espaciais indianas têm custo de lançamento mais barato em relação ao mundo.

Ainda segundo Ferreira, não há planos para o próximo passo da missão espacial brasileira, que seria o lançamento de um satélite de comunicação. E mesmo que o INPE tivesse orçamento e equipe necessária, ele acredita que esse processo demoraria cerca de 15 anos.

Fonte: Redação Byte
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