IA acha que mulheres têm "prazo de validade": estudo revela preconceito velado da Internet que ensina robôs a perpetuar desigualdade de gênero no mercado de trabalho
Além do etarismo, IAs também entendem que mulheres e homens "têm" profissões específicas
Um novo estudo revelou que inteligências artificiais tendem a criar imagens de mulheres trabalhadoras em tipos específicos de profissões e, em média, mais novas que homens e definitivamente não recriar imagens de mulheres mais velhas.
Quando pedido um prompt para currículos para pessoas com nome feminino, a IA acabou criando candidatas mulheres que eram 1.6 mais novas que os candidatos fictícios homens. Além disso, ao comparar as criações, a tecnolopgia classificou as candidatas como menos qualificadas do que os candidatos, mostrando preconceito de idade e gênero.
Publicada na revista Nature, a pesquisa mostrou um pensamento que não condiz com a realidade, mas é propagada na Internet. Essa descoberta de um "etarismo de gênero" generalizado tem implicações no mundo real.
"É algo notável e prejudicial para as mulheres se verem retratadas... como se sua vida tivesse um arco narrativo que termina aos 30 ou 40 anos", afirmou a pesquisa.
O estudo utilizou muitas variáveis, como a de analisar cerca de 1.4 milhões de imagens, vídeos e textos da Internet, concluindo que como distorce a percepção da IA.
Ainda no estudo, a pesquisa pediu a mais de 6.000 programadores que avaliassem a idade de indivíduos em imagens online, como as encontradas no Google e na Wikipédia, de diversas ocupações. O que eles constataram era que os programadores davam idades mais novas para mulheres do que para homens. Paralelamente, eles também disseram que certas profissões ou cargos mais altos em ...
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