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Demissões nas big techs ampliaram desinformação na internet, diz NYT

O YouTube reduziu o seu time responsável por combater a desinformação na polícia em escala global a um único funcionário

14 fev 2023 - 12h26
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YouTube seguiu corte funcionários da Alphabet, empresa dona de conglomerado de big techs
YouTube seguiu corte funcionários da Alphabet, empresa dona de conglomerado de big techs
Foto: Unsplash

Enfrentando dificuldades econômicas e cada vez mais pressões legais, redes como o YouTube decidiram empregar menos esforços e dinheiro ao combate à desinformação, demitindo experts no assunto e deixando áreas responsáveis completamente abandonadas, noticiou o jornal dos EUA New York Times

Segundo fontes ouvidas pelo portal, um corte de 12 mil funcionários na Alphabet, dona do grupo de big techs do qual o YouTube faz parte, fez com que a plataforma de vídeos reduzisse o seu time responsável por combater a desinformação na polícia em escala global a um único funcionário. 

O YouTube demitiu dois de seus cinco especialistas em desinformação, incluindo o gerente da equipe, deixando para trás uma pessoa por desinformação política e duas por desinformação médica. A rede também demitiu dois de seus cinco especialistas em políticas, chamados de líderes, que trabalham com questões de discurso de ódio e assédio.

Os funcionários desligados eram responsáveis por delimitar limites entre o aceitável e o inaceitável nos discursos produzidos por criadores na plataforma. As fontes também informaram ao NYT que a empresa também demitiu funcionários resposnáveis por aplicações de políticas em situações que demandam respostas mais urgentes. 

A plataforma de vídeos afirmou que os cortes na empresa condizem com as demissões de 6% do quadro de funcionários da Alphabet. 

Fora do YouTube, o Google demitiu uma equipe de gerentes de um programa que ajudava especialistas em políticas, de acordo com documentos analisados pelo NYT.

YouTube não está sozinho

Mas não é só essa rede social que enfrenta o problema. O Twitter, adquirido pelo bilionário Elon Musk em outubro de 2022, também realizou cortes no mesmo sentido, assim como a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp.

"Não acho que está tudo acabado, mas perdemos batalhas importantes", diz Angelo Carusone, presidente da associação Media Matters for America. O ativista descreve o motivmento como uma "fadiga" e "perda de apetite" pelo combate à desinformação após anos de luta.

Na quinta-feira (9), a Meta reativou as contas o ex-presidente dos EUA Donald Trump no Instagram e Facebook após quase dois anos após uma suspensão em decorrência de postagens que incitaram a violência na invasão do Capitólio. Ao disponibilizar o perfil, a Meta afirmou que observaria as atividades do político e que voltaria a intervir caso mais políticas das comunidades fossem desrespeitadas.

A conta do político também foi restaurada por Musk no Twitter, em novembro de 2022. A rede social do bilionário foi até citada em um novo relatório das instituições Network Contagion Research Institute e Combat Antisemitism Movement devido a um aumento de postagens antissemitas desde a chegada do novo CEO na plataforma.

Fonte: Redação Byte
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