Crise de moradia aumenta número de moradores do cemitério
Há anos, milhares de famílias vivem no cemitério do norte de Manila
Já imaginou morar dentro de um cemitério? Pode parecer assustador ou, no mínimo, muito estranho, mas essa é uma realidade comum entre várias famílias filipinas. A grave crise habitacional que ocorre no país tem levado muitas famílias a buscarem abrigo no Cemitério do Norte de Manila, situado na cidade de Manila, capital da Filipinas. Essa é uma das regiões mais pobres da cidade, e diante à pobreza extrema e à falta de opções acessíveis de moradia, esse espaço destinado a enterrar entes queridos se tornou, para muitos, a única alternativa para sobreviver.
Cemitério de Manila é abrigo para diversas famílias
O espaço compartilhado entre vivos e mortos no cemitério não é nenhuma novidade na capital da Filipinas. Desde 1950, algumas famílias têm construído moradias irregulares e improvisadas dentro de vários cemitérios em Manila, como se fossem barracos. Geralmente, elas são construídas com tábuas de madeira, lonas e papelão, formando um conjunto habitacional parecido com as favelas tradicionais brasileiras, mas sobre túmulos ou dentro de mausoléus.
É por essa razão que esses locais ficaram conhecidos como "cemitérios de favelas". O maior e mais antigo deles é o Manila North Cemetery, que possui cerca de 54 hectares. Há anos, o cemitério abriga milhões de mortos e milhares de vivos. Dentre os falecidos, estão muitos famosos e pessoas ricas, como ex-presidentes da nação ( Sergio Osmeña e Ramón Magsaysay), e o ator Fernando Poe Jr.
Filipinas vive uma grande crise habitacional
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