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Como funciona e quais os perigos de uma granada de efeito moral?

No último domingo, ex-deputado federal Roberto Jefferson afirmou ter usado granada de efeito moral contra agentes da Polícia Federal

24 out 2022 - 12h45
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Granada de efeito mortal
Granada de efeito mortal
Foto: Reprodução / Condor

Durante a resistência do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da Polícia Federal na manhã de domingo (23), ele teria jogado uma granada de efeito moral e os policiais se feriram com estilhaços. Dois agentes ficaram feridos e foram levada para o hospital, mas já tiveram alta.

Esse tipo de arma tem a capacidade de despertar sensações altamente incômodas, tirando-lhe poder de reação e facilitando, para a polícia e Forças Armadas, o controle de grandes grupos de pessoas. São consideradas pelo Exército como “tecnologia menos letal”. 

As armas de efeito moral como gás lacrimogêneo, spray de pimenta e bombas de efeito moral são usadas como meios de contenção e controle de distúrbios civis. A depender do tempo de exposição e como esses dispositivos são empregados, elas podem ser letais. 

Exemplo disto é o que ficou conhecido como “Caso Genivaldo”. Genivaldo de Jesus dos Santos morreu aos 38 anos após uma abordagem por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Umbaúba (SE) em 25 de maio. O homem, que era diagnosticado com esquizofrenia e aposentado por invalidez, foi abordado por três policiais enquanto pilotava a moto da irmã pela BR-101. 

Durante a abordagem, a viatura da corporação acabou transformada em uma "câmara de gás", pois os policiais colocaram o homem dentro dela inalando o gás lacrimogêneo de uma bomba. O laudo concluiu que foram liberados gases como o ácido sulfídrico, que pode provocar convulsões e a incapacidade de respirar. 

Granadas e seus efeitos

As granadas são artefatos bélicos de uso restrito, com peso inferior a um quilo, que visam facilitar o seu transporte e lançamento ou projeção durante um combatente individual. Sua classificação varia de acordo com o local a ser usada, seu método de projeção, seu funcionamento, sua carga e o objetivo para o qual se destinam. 

De acordo com o Caderno de Instrução de Tecnologia Menos Legal do Exército Brasileiro, Ministério da Defesa e o Comando de Operações Terrestres, as granadas fumígenas (que produz fumaça) podem ser classificadas em três tipos: de cobertura, de sinalização ou lacrimogêneas

As duas primeiras podem ser inspiradas sem grandes danos à saúde e visam proporcionar a formação de uma parede, teto ou cortina de fumaça, impedindo a visualização da tropa e possibilitando a sua movimentação tática no terreno ou a identificação de uma tropa em operação.

Já as granadas lacrimogêneas têm o objetivo de causar desconforto ao oponente, diminuindo sua capacidade combativa e operativa por meio de irritação nos olhos, na pele, e também pode afetar as vias aéreas nasais, causando tosse e espirros, além de poder comprometer o sistema gástrico e pulmonar quando em longas exposições. 

Os agentes lacrimogêneos mais utilizados são o CS (ortoclorobenzilmalononitrilo) e o OC (oleoresina de capsaicina). Podem ser lançadas manualmente ou por artefato próprio de disparo.

O ortoclorobenzilidenomalononitrila é conhecido mundialmente como CS devido ao seu descobrimento em 1928 pelos químicos Ben Corson e Roger Stoughton, que emprestaram as iniciais de seus sobrenomes. É um agente que foi desenvolvido para causar a sensação de queimadura a todas as áreas do corpo e pode ser aplicado na forma de spray gasoso.

Outro composto pode ser o oleoresina capsaicina, conhecido como OC, que é é o componente ativo das plantas do gênero Capsicum, conhecidas popularmente como pimentas. É um irritante para mamíferos, incluindo humanos, e produz a sensação de ardência nos tecidos expostos.

Cuidados ao ter contato com granada de efeito moral

O agente lacrimogêneo CS, por ser um produto químico agressivo, deve ser usado em concentrações adequadas, por profissionais treinados e em locais abertos e arejados. Para alívio e descontaminação de pessoas afetadas, é necessário remover a pessoa da área contaminada; não esfregar os olhos; ventilação prolongada; lavar as partes afetadas com água e sabão neutro e em casos mais graves, procurar um médico.

No caso do OC, em algumas situações é necessário que haja aplicação de pomadas anestésicas à base de lidocaína e prilocaína.

Fonte: Redação Byte
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