Com Pix e interface de luxo: descobri no trânsito que o Jogo do Bicho virou 'tech'
Uma carona interminável em São Paulo revelou um "app" de apostas com cara de startup — completo, polido, integrado ao Pix e tão convincente que quase parece legal
Como um morador de São Paulo que não tem carro próprio, recorro muito ao combo "transporte coletivo até onde dá + carro por aplicativo". E nessas viagens, muita coisa acontece. Já estive em um carro onde a gasolina acabou em plena Marginal Pinheiros, ajudei a trocar pneu na chuva em uma estradinha de Cotia, dividi a corrida com a filha do motorista que a levava para a escola e, mais recentemente, ouvi uma pergunta que nunca imaginei ouvir enquanto estava dentro de um carro por aplicativo: "Você se importaria se eu jogasse no bicho agora?".
Era um dos dias com maior trânsito do ano (até aquele momento), e passei mais de uma hora para fazer um trajeto que exigiria um tempo muito menor numa São Paulo imaginária. Sendo assim, conversei sobre diversas coisas com o motorista (que eu não vou divulgar o nome, claro). Porém, em certo momento já próximos da Cidade Universitária, o condutor virou e me fez a tal pergunta. Eu fiquei sem entender nada e questionei "mas tem alguma banca aqui perto? Você quer passar lá?" e foi aí que eu descobri que estava, de certa forma, no passado. Ele me mostrou um aplicativo de jogo do bicho.
Ele viu minha cara de espanto e começou a explicar do início, com as regras que já tento entender desde pequeno, quando minha vó me explicava porque apostava em determinado número após sonhar com algum animal. Depois, ele me explicou que não era exatamente um aplicativo (afinal, jogar no bicho não é algo legalizado), mas uma página da web, que se torna um app muito...
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