Taurina pode retardar o envelhecimento, diz estudo da USP
Aminoácido utilizado em bebidas energéticas apresentou indícios de que é um bom aliado contra os efeitos do tempo
Se você tem o hábito de tomar bebidas energéticas industrializadas e ler o rótulo das embalagens, provavelmente, já deve ter notado a presença de uma substância chamada taurina na composição desses produtos. Ela é, na verdade, um aminoácido que o nosso próprio corpo produz.
Mas, ao contrário do que alguns imaginam, a taurina não possui nenhum tipo de efeito estimulante. Ela não vai te deixar mais alerta. O aminoácido é adicionado nesse tipo de bebida, justamente, para contrabalancear os efeitos colaterais da cafeína, oferecendo um maior controle para o organismo e, dessa maneira, evitando episódios de euforia e tremores, por exemplo.
No entanto, a ciência descobriu recentemente que a taurina pode oferecer outro tipo de benefício para o organismo humano. As células do nosso corpo, quando respiramos e nos alimentamos, produzem componentes com potencial tóxico, que são conhecidos como radicais livres.
Eles até possuem algumas funções importantes para o bom funcionamento do corpo. Mas, quando encontrados em excesso, tendem a prejudicar a saúde, aumentando o risco do desenvolvimento de doenças crônicas. Por isso, nosso organismo possui enzimas que equilibram os radicais livres e impedem que eles nos ofereçam riscos. É o chamado efeito antioxidante.
Mas, com o passar do tempo, essa capacidade de equilibrar os radicais livres diminui. Dessa forma, acabamos envelhecendo e ficando com o organismo mais frágil. E é aí que a taurina pode desempenhar um ótimo papel para o bem-estar do corpo.
De acordo com um estudo realizado na USP (Universidade de São Paulo) e publicado pela revista científica Nutrition, a suplementação de taurina pode ser uma boa alternativa para retardar o envelhecimento do corpo.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 24 voluntárias com idades entre 55 e 70 anos. Durante 16 semanas, metade delas recebeu três doses diárias de 500mg de taurina, enquanto o restante tomou apenas placebo.
E a conclusão foi de que a suplementação de taurina preveniu a diminuição da enzima antioxidante SOD, sugerindo o consumo do aminoácido como uma estratégia para controlar o estresse oxidativo durante o processo de envelhecimento.
Ou seja, a taurina pode combater o acúmulo de radicais livres no organismo e, dessa maneira, nos ajudar a prevenir doenças e complicações comuns que se desenvolvem ao longo do tempo, como problemas cardiovasculares, diabetes e hipertensão.
Apesar disso, é importante ressaltar que tanto os benefícios quanto os riscos de realizar uma suplementação com taurina ainda estão sendo investigados. Portanto, a recomendação é consultar um profissional de saúde para que ele te oriente corretamente.
