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Pesquisa

Relâmpagos indicam pico de intensidade dos furacões

21 abr 2009 - 11h02
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John Roach

Relâmpagos podem ajudar a melhorar as previsões de furacão por sinalizarem quando as tempestades estão prestes a atingir seu pico de intensidade, de acordo com um novo estudo.

Relâmpagos sinalizam quando as tempestades estão prestes a atingir seu pico de intensidade
Relâmpagos sinalizam quando as tempestades estão prestes a atingir seu pico de intensidade
Foto: National Geographic

As atuais tecnologias por satélite e radar mal conseguem prever com precisão o percurso de uma tempestade, mas é ainda mais difícil estabelecer quando e como uma tempestade vai ficar mais intensa. Além disso, o uso de relâmpagos para prever a intensidade da tempestade pode ter um valor especial em regiões que não possuem tecnologia de monitoramento de furacões, sugerem os especialistas.

"O relâmpago e a velocidade do vento são bastante correlatos, com o pico de relâmpagos ocorrendo (cerca de 30 horas) antes do momento de maior rapidez do vento", disse Colin Price, pesquisador de relâmpagos da Universidade de Tel Aviv, em Israel. "Os relâmpagos fornecem um precursor do desenvolvimento do furacão".

Influência da Convenção

A busca por uma relação entre relâmpagos e intensidade de furacão se origina de pesquisas realizadas na década de 1990. Cientistas descobriram que as tempestades ficam mais fortes sobre águas quentes devido à convecção vertical - o movimento de subida do calor.

"De alguma forma, a convecção dessas tempestades elétricas dentro do furacão parece organizá-lo melhor e aprimorar sua rotação", disse Price.

Price e colegas coletaram dados sobre velocidades do vento em 56 grandes furacões (categorias 4 e 5) entre 2005 e 2007. Os pesquisadores compararam então essa informação com os dados globais de relâmpagos de uma rede de sensores mundial.

Atualmente, essa rede de detecção de relâmpagos registra apenas uma fração dos raios que acontecem no mundo e sua cobertura é inconsistente, o que impediu uma análise comparativa entre furacões. Mesmo assim, a equipe de Price encontrou uma conexão entre aumento de relâmpagos e maiores velocidades eólicas em mais de 95% das tempestades. Em mais de 70%, a atividade de relâmpagos teve seu pico cerca de 30 horas antes dos ventos máximos.

Os pesquisadores esperam que exames futuros da física envolvida nessa conexão possam levar a previsões de furacão aprimoradas.

"Obviamente, não há o que ser feito quanto aos furacões", disse Price. "Mas é possível evacuar as pessoas (antes da piora da tempestade) e conseguir melhores informações sobre intensidade se você monitorar o relâmpago".

As descobertas aparecem no periódico especializado Nature Geoscience.

Tradução: Amy Traduções

National Geographic
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