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Estudo mostra que andar dos animais é retratado erroneamente

29 jan 2009 - 10h11
(atualizado às 10h31)
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A maneira pela qual os animais quadrúpedes caminham é bem conhecida desde a década de 1880, quando Eadweard Muybridge usou um método de fotografia seqüencial para revelar a ordem dos movimentos das pernas. Os animais caminham da seguinte maneira: a pata esquerda traseira avança, seguida pela pata dianteira esquerda, pata traseira direita e pata dianteira direita, nessa ordem.

Seria de imaginar que, já que esse conhecimento está disponível há mais de um século, os artistas, taxidermistas, projetistas de brinquedos e outros responsáveis pela representação visual de animais estariam executando direito o seu trabalho. Mas um estudo conduzido por Gabor Horvath, da Universidade Eotvos, na Hungria, demonstra que esse nem sempre é o caso.

Depois de analisar mais de 300 representações de animais em movimento em museus, livros de veterinária e brinquedos, os pesquisadores reportaram que em quase metade delas as posições das pernas estão incorretas. As constatações deles foram publicadas em artigo na revista Current Biology.

Os pesquisadores só estudaram representações nas quais era possível determinar sem ambigüidade que o animal estava caminhando e não trotando ou correndo de alguma maneira, já que nesse tipo de passo a seqüência de movimento das pernas pode diferir. Ao caminhar, ao menos duas das quatro patas de um quadrúpede estão sempre tocando o chão, enquanto no galope, por exemplo, há momentos em que as quatro patas estão no ar.

Os pesquisadores constataram, por exemplo, que o esqueleto de um cachorro em um museu finlandês retrata a pata traseira direita estendida para trás enquanto a pata dianteira direita está erguida e avançando para a frente. Em uma representação correta, a para traseira também estaria para a frente, porque teria se movido imediatamente antes da pata dianteira do mesmo lado.

Os pesquisadores afirmam que embora os projetistas de brinquedos talvez possam ser desculpados por seus enganos, é surpreendente que artistas e outros especialistas que fornecem representações a museus de história natural e livros didáticos as produzam de maneira cientificamente tão incorreta.

The New York Times
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