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Satélite promete fornecer energia solar às futuras bases na Lua

A Agência Espacial Europeia compartilhou os primeiros detalhes do projeto GE⊕-LPS, um satélite com 1 km² que transmitirá energia solar às futuras bases lunares

18 jul 2023 - 11h32
(atualizado às 15h11)
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A Agência Espacial Europeia (ESA) publicou um estudo detalhando o projeto GE⊕-LPS, da empresa suíça Astrostrom, que visa implementar um satélite para coletar energia solar a partir do espaço e enviá-la à Lua. Segundo os engenheiros da empresa, o sucesso do GE⊕-LPS também permitiria usar a mesma tecnologia na Terra.

Usando o Sol, a nossa maior fonte de energia, o GE⊕-LPS teria painéis solares em forma de V fixados em um eixo e posicionados em forma de hélice. No total, o satélite teria cerca de um quilômetro quadrado, incluindo também uma base espacial para astronautas.

O projeto renderia 23 megawatts contínuos de energia, segundo o estudo, que seriam transmitidos para a Lua, alimentando as futuras bases lunares e a atividade humana a ser desenvolvida por lá. Essa energia será enviada para os receptores na superfície na forma de radiação microondas.

Foto: Astrostrom / Canaltech

Segundo os engenheiros da empresa, construir o GE⊕-LPS na própria superfície lunar seria mais econômico do que fazê-lo na Terra. Isso porque, caso fabricados aqui, os painéis teriam que ser lançados ao espaço em vários voos espaciais e os custos acabariam elevados, enquanto lançamentos de foguetes a partir da Lua seriam mais fáceis e baratos.

Além disso, os elementos necessários para a produção dos painéis estão disponíveis no regolito lunar. Um desses "ingredientes" são os componentes da pirita de ferro, que podem formar cristais de 4mm e funcionar como uma camada externa reflexiva para os painéis solares.

O satélite estaria localizado no ponto Lagrange Terra-Lua (um ponto onde a gravidade de ambos os corpos se anulam), a cerca de 61.350 km da superfície lunar. Ele também serviria como estação para astronautas em missão na Lua, fornecendo gravidade artificial e suporte à saúde das tripulações.

Fonte: ESA (1, 2)

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