Autores de livros processam Microsoft por uso indevido de seus livros no treinamento de IAs
Grupo acusa a empresa de piratear os conteúdos para nutrir a Megatron de informações
Um grupo de autores de livros abriu um processo contra a gigante da tecnologia Microsoft por uso indevido dos conteúdos para o treinamento da Megatron, seu modelo de Inteligência Artificial.
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De acordo com eles, a empresa usou os livros sem autorização. Kai Bird, Jia Tolentino, Daniel Okrent e vários outros autores alegaram que a Microsoft usou versões digitais piratas de suas obras para ensinar a IA a responder a solicitações humanas.
O processo foi aberto na terça-feira, 24, no tribunal federal de Nova York. Esse é mais um dos diversos processos abertos contra as bigtechs por uso inadequado e sem permissão de conteúdos digitais alheios. Os pedidos se baseiam na Lei de Direitos Autorais dos Estados Unidos.
Para a Reuters, porta-vozes da Microsoft não responderam de imediato a um pedido de comentário sobre a ação judicial. Um advogado dos autores recusou-se a comentar.
Os autores dos livros acusam a empresa de usar uma coleção de quase 200.000 livros piratas para treinar o Megatron, um algoritmo que fornece respostas em texto a requisições do usuário
Em outros casos similares, as empresas de tecnologia se defendem alegando que pagar todos os autores traria um custo elevado demais e que pararia a evolução das IAs.
Nesta semana, um juiz federal da Califórnia decidiu que a Anthropic fez uso justo, sob os termos da lei norte-americana de direitos autorais, do material dos autores para treinar seus sistemas de IA. Contudo, ela ainda pode ser responsabilizada por piratear esses livros.
Essa foi a primeira decisão dos Estados Unidos sobre a legalidade do uso, sem permissão, de materiais protegidos por direitos autorais para o treinamento de IA generativa. (*Com informações da Reuters)