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Atletas homens e mulheres têm o mesmo rendimento? A ciência explica

Fisiologia dos corpos influencia, segundo Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME). Mas fatores culturais e sociais também

6 jul 2023 - 05h00
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Seleção brasileira novamente participa da Copa do Mundo Feminina em 2023
Seleção brasileira novamente participa da Copa do Mundo Feminina em 2023
Foto: Thais Magalhães / CBF

A Nova Zelândia e na Austrália sevirão de palcos os jogos da Copa do Mundo Feminina de 2023, que terá início no dia 20 de julho. Os jogos acontecerão pela primeira vez na Oceania e a edição será a maior de todos os tempos, com 32 seleções, como já é a masculina.

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME), existem diferenças entre os sexos quanto à fisiologia do exercício, em função de tamanho e composição corporal, fatores biológicos e níveis hormonais.

Por exemplo, fisiologicamente os homens possuem maior massa muscular em termos absolutos e relativos (por peso corporal total). Já as mulheres possuem maior percentual de gordura corporal, o que resulta em uma menor eficiência termorregulatória nos exercícios em ambientes quentes.

Apesar da composição de fibras musculares ser semelhante em homens e mulheres, o volume de cada fibra é maior nos homens. Estas características conferem maior potência e resistência muscular aos homens, explica a SBME.

Outro ponto é que os sistemas de transporte e de absorção de oxigênio (pulmão, coração, vasos sanguíneos), assim como os órgãos e organelas envolvidos na transformação de energia, são geralmente menores em tamanho e em quantidade no sexo feminino.

Segundo a entidade, esse e outros fatores em conjunto fazem com que o desempenho desportivo seja 6 a 15% menor nas mulheres em comparação com os homens — o que pode impactar o rendimento físico em campo.

Fatores culturais influenciam

No entanto, é importante ressaltar que a performance dentro de campo conta com a influência de fatores sociais e culturais. Historicamente, o futebol masculino recebeu mais investimento, atenção e recursos, o que pode ter resultado em um desenvolvimento mais avançado e competitivo em comparação ao futebol feminino.

As mulheres foram proíbidas de jogar futebol no Brasil entre 1941 e 1979. Nesse período, a lei nacional não permitia a prática do esporte por mulheres devido às “condições da sua natureza". Apesar da revogação da norma depois, o futebol feminino só viria a ser devidamente regulamentado no país em 1983.

Essa disparidade está mudando gradualmente com o crescimento do apoio ao futebol feminino e maior participação de mulheres no esporte.

As atletas têm demonstrado ao longo dos anos maiores níveis de habilidades técnicas e estratégicas. No entanto, são necessários mais recursos e oportunidades para que o rendimento físico delas continue a evoluir em campo.

Fonte: Redação Byte
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