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Aprenda a se proteger: como os bandidos aplicam o novo golpe do Pix?

Há uma nova prática de golpe de Pix rondando o Brasil desde o começo de 2023. Especialista explica de que forma o bandido age e como se proteger

16 fev 2023 - 18h22
(atualizado em 17/2/2023 às 10h28)
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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Canaltech

Pouco mais de dois anos após seu lançamento, o Pix atualmente é o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, de acordo com pesquisa Radar Febraban. Somente em dezembro de 2022, foram realizadas mais de 2,8 bilhões de transações com o Pix, que movimentaram um valor de mais de R$ 1,2 trilhões, segundo informações do Banco Central do Brasil (BCB). E, com tanta popularidade, os bandidos estão cada vez mais de olhos em tentativas de golpes.

Desde o começo de 2023, os usuários vêm sendo abordados por cibercriminosos por uma prática que vem sendo popularmente chamada de "Novo Golpe do Pix". André Ferraz, CEO e cofundador da Incognia, empresa de identidade digital baseada em localização, explica que a atividade fraudulenta combina o uso de engenharia social e a violação de dados bancários confidenciais para induzir potenciais vítimas a realizarem transações de Pix para a conta de bandidos.

Abaixo, confira como agem os bandidos:

  • A princípio, o criminoso telefona a um cliente de serviços financeiros e afirma ser funcionário da instituição. Na sequência, informa que a conta daquele consumidor foi invadida e que movimentações de valores foram feitas. As transações alegadas são, na realidade, falsas, mas, no momento, isso ainda não é de conhecimento da vítima;
  • Em seguida, o fraudador apresenta informações confidenciais da vítima, incluindo dados do histórico de transações, valores exatos de débitos automáticos, transferências via Pix, entre outros, com o objetivo de fazê-la acreditar que quem realizou a ligação é mesmo um funcionário do banco;
  • O objetivo é persuadir a vítima a transferir os mesmos valores citados no início da ligação para contas de laranjas. A justificativa fornecida é que o banco irá detectar a duplicidade das transações e cancelar tudo.

Como se proteger do novo golpe do Pix

Para não ser uma vítima dessa abordagem que tem tirado dinheiro de muita gente por aí, é recomendável seguir orientações do especialista, que compartilha dicas de como identificar e se proteger contra a ação dos criminosos:

  • Não forneça informações pessoais, como senhas, números de conta, números de cartão de crédito, entre outros, a pessoas desconhecidas;
  • Se receber uma ligação suspeita, desconfie e não forneça informações ou realize transações financeiras. Bancos e instituições financeiras geralmente não solicitam informações confidenciais via telefone, tampouco a realização de transações via Pix para dar sequência em qualquer procedimento;
  • Preste atenção aos detalhes da ligação, como a qualidade da linha, a forma de falar do interlocutor, a velocidade de resposta e se eles sabem informações confidenciais sobre você, isso pode indicar fraude. Se possível, verifique o número da ligação e confronte com os números de canais oficiais de contato do seu banco;
  • Após receber uma ligação desse tipo, contate imediatamente seu banco e verifique se houve alguma atividade suspeita em sua conta;
  • Caso precise entrar em contato com o seu banco, use somente o número de telefone oficial da instituição.

Dados divulgados pelo Banco Central mostram o registro de 739.145 indícios de crimes envolvendo o Pix de janeiro a junho de 2022, um crescimento de 2.818% em relação ao mesmo período do ano anterior.

"A cada dia que passa, os fraudadores estão mais habilidosos tanto na abordagem ao praticar engenharia social, quanto em recursos tecnológicos. Portanto, é dever das instituições financeiras o investimento e a implementação de medidas rigorosas de segurança, pois, além de manter sua credibilidade inabalável, garantem a melhor experiência possível para o usuário final. Em casos como o novo golpe do Pix, que envolve pagamentos e transferências, é importante que as pessoas tenham conhecimento sobre como acontecem esses golpes para estarem sempre alertas ao serem abordadas por supostos funcionários bancários", conclui Ferraz.

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