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Acusação agora atribui menos mortes ao coronel Ubiratan

Sexta, 29 de junho de 2001, 14h34

Sérgio Gwercman/Redação Terra

A promotoria responsável pela acusação, no julgamento sobre o massacre do Carandiru, diminuiu hoje o número de acusações de mortes contra o coronel reformado da Polícia Militar, Ubiratan Gumarães. Agora, o coronel responderá por 102 assassinatos, ao invés de 111. Isso porque nove dos 111 detentos que morreram naquele dia foram vítimas de armas brancas.

"A promotoria não conseguiu encontrar respostas para este fato e por isso pede o afastamento das acusações", disse o promotor Norberto Jóia. Além das 102 mortes, o coronel também responde por cinco tentativas de homicídio, ocorridas durante a invasão da polícia na Casa de Detenção de São Paulo, no Complexo do Carandiru, em outubro de 1992. Ainda na tarde de hoje, os jurados, anye de formar o conselho de sentença, ouvirão o debate da defesa, que também deve durar duas horas e meia.

Os promotores de acusação, que mostraram no tribunal as armas utilizadas pela PM, no dia do massacre, tentaram convencer o júri de que houve uma grave falha estratégica, na invasão comandada por Ubiratan. "Isso não foi uma operação, mas um desastre militar. Em cinco minutos, ele reúne sua tropa, escala um time errado e manda todo mundo entrar", disse o promotor Felipe Locke Cavalcanti.

Eleições - De acordo com os promotores, a operação foi conduzida sem o devido preparo porque o governo estadual tinha pressa para acabar com a rebelião, em virtude das eleições municipais que aconteceriam no dia seguinte. "Por que a pressa? Não havia reféns. O primeiro pavimento estava tomado, não havia mais possibilidade de fuga", disse o promotor Cavalcanti. "A Rota subindo, preocupada por que os presos estavam se matando? Ora, minha inteligência não tolera", ironizou ele.

A acusação ainda jogou suspeitas sobre as 13 armas de fogo que supostamente teriam sido encontradas com os presos. Uma delas, segundo os promotores, que teve o registro pesquisado, oertenceria ao exército (que não fez nenhuma denúncia de furto ou roubo). Outra arma teria sido apreendida de um civil, em uma blitz realizada antes da invasão. O promotor lembrou ainda que, quando o coronel concorreu em 1994 nas eleições para deputado estadual, usou o número 41.111 (o que seria uma alusão ao número de mortos no massacre).

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