Atuação de milícias gera mais denúncias do que violência doméstica. Som alto, saúde e educação também são preocupações frequentes. Os maiores volumes de denúncias foram identificados em Duque de Caxias, São Gonçalo, Maricá e Nova Iguaçu.
A maioria das 15.860 comunicações à Ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro veio de comunidades da capital e da Baixada Fluminense. Nos primeiros três meses deste ano, as denúncias contra grupos milicianos lideraram as queixas, superando violência doméstica.
Os dados da Ouvidoria mostram 599 denúncias contra milícias, com destaque para a zona oeste da capital, onde Campo Grande lidera, com 84 registros. Os milicianos são mais denunciados do que violência doméstica, com os piores índices em Santa Cruz, também na zona oeste: são 523 casos de lesão corporal e 522 de ameaça.
Campo Grande lidera outros três índices: violações de direitos de pessoas idosas (744 denúncias), predominando negligência e abuso financeiro; violência contra crianças e adolescentes, além de fornecimento de água, principal queixa na área de defesa do consumidor.
Som alto, saúde e educação também preocupam
Outro tema relevante para as comunidades é o som alto, que geram denúncias de poluição sonora, na área de meio ambiente. Foram 142 denúncias, com o bairro de Vila Isabel, na zona norte do Rio, liderando.
Os relatos sobre improbidade administrativa somaram 818, sobretudo no centro do Rio de Janeiro, onde também estão concentradas as queixas relacionadas à educação, como falta de concurso e de profissionais. Fora da capital, Nilópolis, na Baixada Fluminense, aparece com destaque.
Em saúde, a queixa mais comum foi a falta de atendimento médico, especialmente em Acari, Copacabana e Santa Cruz. Do total de comunicações à Ouvidoria, a capital fluminense soma quase a mesma quantidade que interior, enquanto os municípios da Baixada Fluminense registram praticamente o dobro, 6.713.
Serviço
Ouvidoria do MPRJ atende todo o estado
Denúncias pela internet podem ser feitas via formulário.
Telefone 127 (ligação gratuita no Estado do RJ) e (21) 3883-4600 (demais localidades)
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Atendimento presencial:
Avenida Marechal Câmara, nº 370, centro, Rio de Janeiro (RJ)
Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Espaço reservado para atendimento à mulher, anexo à Ouvidoria-Geral.