Espetáculo combate uso de linguagem preconceituosa no cotidiano, como “denegrir”

Cria da Maré, Salasar Junior estreia como solista no espetáculo DeNegrir, que transforma palavras em resistência e poesia

19 nov 2025 - 20h03
Resumo
O espetáculo DeNegrir, de Salasar Junior, aborda o racismo estrutural na linguagem cotidiana, transformando palavras em poesia e denúncia, com apresentações gratuitas e mistura de dança, teatro e arte inclusiva.
As apresentações do espetáculo de dança DeNegrir combate estigmas de linguagem que persistem desde a escravidão.
As apresentações do espetáculo de dança DeNegrir combate estigmas de linguagem que persistem desde a escravidão.
Foto: Divulgação

Nascido e criado no Complexo da Maré, Salasar Junior estreia como solista com o espetáculo DeNegrir, na Penha, Rio de Janeiro, em uma obra que transforma palavras em denúncia, poesia e cura.

Com apresentações gratuitas em novembro, a montagem propõe uma reflexão urgente sobre o racismo estrutural presente na linguagem cotidiana, revisitando expressões como “denegrir”, “fazer nas coxas” e “criado mudo” para revelar como a língua perpetua estigmas.

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Idealizado por Salasar, que há 19 anos constrói pontes entre dança, educação e performance — e que também é pós-graduado em Educação —, DeNegrir une dança, teatro, poesia, videografismo e Libras, homenageando pensadores e artistas negros que inspiram sua trajetória.

Em um país onde a linguagem ainda carrega marcas da escravidão, o espetáculo surge como um ato político e poético, convidando à transformação coletiva e à valorização da ancestralidade.

As sessões abertas ao público acontecem no dia 22 de novembro na Areninha Cultural Herbert Vianna (Penha), às 18h, e nos dias 28 a 30 no Teatro Cacilda Becker, com entrada gratuita.

Fonte: Visão do Corre
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