Maestro João Carlos Martins é diagnosticado com câncer agressivo: 'Não temo a morte'

Ele foi diagnosticado em março, mas apenas revelou ao público neste domingo, 27

27 abr 2025 - 12h29
Maestro João Carlos Martins
Maestro João Carlos Martins
Foto: Ale Catan / Divulgação

O maestro João Carlos Martins, de 84 anos, revelou que foi diagnosticado com um câncer agressivo na próstata em março de 2025. O anúncio ao público, no entanto, só ocorreu neste domingo, 27, após ele ter passado por cirurgia e iniciado o tratamento, longe dos holofotes e da mídia, como desejava.

Segundo ele, receber a notícia de que estava com "câncer agressivo" foi devastador. O maestro também contou que enfrentou momentos dramáticos no pós-operatório, o que explica sua decisão de manter o diagnóstico em sigilo até o momento. Atualmente, ele acredita estar curado e já retomou sua agenda de apresentações no Brasil e no exterior.

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"O câncer foi extirpado da próstata. É evidente que sempre pode haver uma reincidência, mas não vai ser o meu caso", disse Martins, em tom esperançoso, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. "Depois de ter realizado 30 cirurgias, principalmente nas mãos, a última coisa que eu esperava era um câncer na próstata... A operação [realizada no fim de março] durou 4h20 e foi um sucesso de 100%. Mas o pós-operatório foi um grande problema. Nunca vivi algo tão dramático."

Com histórico de cirurgias em decorrência da distonia focal — distúrbio que afeta os movimentos das mãos —, João Carlos Martins relatou que foi necessária uma verdadeira "operação de guerra" para mantê-lo vivo e estável após complicações.

"Depois que fiz uma tomografia com contraste, a equipe entrou no meu quarto e disse: 'Você está correndo o risco de ter seu intestino delgado perfurado'. Havia uma obstrução, e as fezes já estavam próximas da circulação. Começou uma operação de guerra que durou 24 horas. Eu tenho até vergonha de contar. Injetaram um litro [de uma substância para desobstruir o intestino]. Era como se eu estivesse em uma galeria de esgoto. Eu precisava ser trocado de meia em meia hora. Meu Deus do céu! Foi a pior noite da minha vida. Fiquei traumatizado. Durmo e acordo com isso. Graças a Deus, eles me salvaram."

Confiante, o maestro afirmou que não pretende se abater. "Não tenho medo da morte", declarou.

Fonte: Redação Terra
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