Choque elétrico; entenda os riscos após morte de adolescente na Paraíba

Simone de Cássia Galdino, de 15 anos, caiu desacordada no chão do banheiro ao retirar o celular da tomada instantes depois de sair do banho.

17 abr 2025 - 04h59
(atualizado às 14h17)
Resumo
Simone de Cássia Galdino, de 15 anos, morreu tragicamente ao manusear o celular logo após o banho, destacando os riscos de choques elétricos em ambientes úmidos e a importância de medidas de segurança elétrica.
Simone de Cássia Galdino, de 15 anos, morreu ao retirar o celular da tomada instantes depois de sair do banho
Simone de Cássia Galdino, de 15 anos, morreu ao retirar o celular da tomada instantes depois de sair do banho
Foto: Reprodução/Instagram

A morte de Simone de Cássia Galdino, ao retirar o celular da tomada após o banho, chocou a todos, lembrando o perigo da combinação entre água e eletricidade.

Apesar disso, a notícia da morte da adolescente Simone de Cássia Galdino, de 15 anos, que caiu desacordada no chão do banheiro ao retirar o celular da tomada instantes depois de sair do banho, na última sexta-feira, 11, veio como um choque para muitas pessoas.

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Ao Terra, Lucas Mychardson, de 20 anos, amigo de Simone, a descreveu como uma menina "meiga", "esforçada" e "cheia de sonhos", que teve a vida tirada de forma trágica e repentina.

Nas redes sociais, usuários relataram que já haviam tido a mesma conduta e que não sabiam dos riscos que corriam ao fazê-lo. Então, o que pode aumentar o risco de um choque elétrico?

Riscos do choque elétrico

Segundo o engenheiro eletricista Edson Martinho, diretor-executivo da Associação Brasileira de Conscientização dos Perigos com a Eletricidade (Abracopel), a umidade do ambiente pode ser um fator de risco — o ideal, portanto, é não deixar o celular no banheiro enquanto se toma banho, já que a água quente do chuveiro produz vapor.

Outro fator de risco são equipamentos em más condições de uso. O risco de choque é maior se a pessoa tocar na área danificada do aparelho, como fios elétricos parcialmente desprotegidos em algum ponto da sua extensão ou carregadores com cortes, rachaduras ou outros sinais de desgaste.

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Por isso, Martinho recomenda o uso de Dispositivos Diferenciais Residuais (DRs), que protegem contra choques elétricos e incêndios.

"Esse tipo de dispositivo monitora constantemente a corrente elétrica que entra e sai de um circuito", diz Martinho. "Na ocorrência de um possível choque elétrico, ele faz o desligamento automático da instalação elétrica, garantindo que ninguém sofra um choque."

Martinho orienta que, de forma geral, o ideal é sempre manusear aparelhos eletrônicos longe de água e com as mãos secas. Ele explica que é possível levar um choque manuseando um aparelho longe da água, mas o risco é 50% menor.

Em área seca, um choque elétrico acima de 50 volts é o suficiente para representar um risco de fibrilação cardíaca — arritmia cardíaca que faz com que os átrios do coração batam de forma irregular e acelerada. Em área molhada, a voltagem necessária para causar o mesmo efeito cai pela metade: 25 volts.

"Eu não sei qual o nível do choque que Simone sofreu, mas as tomadas têm 127 volts ou 220 volts, então a descarga foi quatro ou cinco vezes maior do que o limite mínimo de segurança. Tocar uma parte energizada ou qualquer coisa que esteja em um tomada é um risco muito grande quando a pessoa está molhada", alerta.

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Dicas para evitar choque elétrico após o banho

Algumas ações podem ser tomadas para evitar um acidente com choque elétrico após o banho:

  • Evite usar aparelhos elétricos no banheiro ou em locais com umidade; 
  • Se estiver com o corpo úmido, NÃO manuseie aparelhos elétricos, tampouco encoste em tomadas ou fios;
  • Toque em aparelhos SOMENTE com as mãos secas e os pés calçados;
  • Se possível, instale um disjuntor diferencial residual (DR).
Fonte: Redação Terra
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