Jair Bolsonaro passou mal em prisão domiciliar com crise de soluço, vômito e pressão baixa, sendo levado ao hospital em Brasília após procedimentos médicos recentes e sob vigilância policial.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal na tarde desta terça-feira, 16, e precisou deixar sua residência em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar, para se dirigir ao Hospital DF Star. A informação foi confirmada pelo filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por meio do X (antigo Twitter).
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De acordo com o filho de Bolsonaro, o ex-presidente teve uma forte crise de soluço, vômito e pressão baixa. Ele foi levado ao DF Star por policiais penais que vigiam sua casa, por se tratar de uma emergência.
Presidente Bolsonaro sentiu-se mal há pouco, com crise forte de soluço, vômito e pressão baixa.
Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência.
Peço a oração de todos para que não seja nada grave.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 16, 2025
O ex-mandatário retornou ao mesmo hospital dois dias após realizar um procedimento de retirada de pequenas lesões e manchas de pele. O procedimento realizado no domingo, 14, foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa entregou os atestados médicos ao magistrado nesta segunda-feira.
Bolsonaro chegou escoltado pela Polícia Penal do Distrito Federal ao hospital, onde também havia reforço do patrulhamento policial. Apoiadores com camisas verde e amarela apareceram ao redor do ex-presidente, tentaram contato com ele, mas não foram respondidos. No início da tarde de domingo, Bolsonaro finalizou os exames e retornou para casa.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto, por ter descumprir medidas cautelares impostas por Moraes. A defesa de Bolsonaro solicitou que ele fosse encaminhado à unidade hospital antes da finalização do julgamento que o condenou a mais de 27 anos de prisão, no caso da trama golpista.
Moraes aceitou o pedido, destacando que a defesa de Bolsonaro deverá apresentar atestados de comparecimento, com prazo de 48 horas após o fim dos procedimentos médicos. Como parte dos procedimentos de segurança, houve revistas no interior e no porta-malas de todos os veículos que saírem da casa do ex-presidente.
Em um julgamento histórico, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro, por 4 votos a 1, pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Dos 27 anos e 3 meses de pena, ficou determinado que 24 anos e 9 meses são de reclusão (em regime fechado) e 2 anos e 9 meses de detenção (ou seja, em regime semiaberto ou aberto).