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Política

PL põe Eduardo Bolsonaro na liderança da Minoria para tentar blindar deputado

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos e estava sob ameaça de perder o mandato

16 set 2025 - 15h28
(atualizado às 18h01)
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Resumo
O PL indicou Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria na Câmara para evitar a perda de seu mandato por ausência, enquanto o deputado segue nos EUA pressionando por anistia ao pai, Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe.
Com o mandato em risco, Eduardo Bolsonaro é colocado pelo PL como líder da minoria na Câmara:

BRASÍLIA - O PL anunciou nesta terça-feira, 16, que o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) será o novo líder da Minoria na Câmara. O parlamentar está nos Estados Unidos fazendo pressão por anistia de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A indicação de Eduardo Bolsonaro para o posto de liderança tenta blindá-lo do risco de perda do mandato por ausência nas sessões da Câmara. A deputada Caroline de Toni, que ocupava o posto, renunciou ao cargo e anunciou que será substituída por Eduardo Bolsonaro.

Com bandeira dos EUA ao fundo, apoiadores cantam Hino Nacional para Bolsonaro em hospital no DF:

"Gostaria de comunicar a todos a minha renúncia à liderança da Minoria da Câmara dos Deputados, para transferir essa responsabilidade ao deputado Eduardo Bolsonaro", afirmou. "Tomamos essa decisão convictos de que o Brasil precisa de União e de coragem, especialmente diante das perseguições políticas que tanto o Eduardo como seu pai, Jair Messias Bolsonaro, estão sofrendo", continuou.

Eduardo Bolsonaro já criticou prisão domiciliar no passado, pedindo penas mais duras.
Eduardo Bolsonaro já criticou prisão domiciliar no passado, pedindo penas mais duras.
Foto: Reprodução/Youtube

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que um "ato" da Mesa Diretora da Casa de 5 de março de 2015 dá base para a decisão de indicação do deputado Eduardo Bolsonaro à liderança da Minoria. De acordo com Sóstenes, no entanto, a decisão foi "dialogada" com Hugo Motta numa conversa na segunda-feira, 15.

Sóstenes disse que o entendimento ocorreu a pedido da então 3ª secretária, Mara Gabrilli, que na época estava no PSDB, para reverter uma decisão de Eduardo Cunha que bania a opção de líderes partidários e membros da Mesa Diretora de trabalharem remotamente.

"Houve uma alteração naquele momento contra a vontade do então presidente Eduardo Cunha, e a maioria da Mesa decidiu voltar a valer essa prerrogativa de ausência e registro no painel eletrônico. Desde lá, este ato da Mesa tem validade até o presente momento", disse Sóstenes.

O líder do PL faz referência à ata da primeira reunião ordinária da Mesa Diretora da Câmara, realizada em 11 de fevereiro de 2015. De acordo com a publicação do Diário Oficial da Câmara, Mara Gabrilli "apresentou, extrapauta, mais uma questão a respeito da justificativa de ausência, a dos deputados que, em razão da natureza de suas atribuições, não precisavam registrar presença". O texto prossegue: "Analisada a questão, a Mesa Diretora, por unanimidade, resolveu rever o entendimento de Mesas anteriores, considerando justificadas as ausências de registro no painel eletrônico, nas Sessões deliberativas da Casa, somente dos Senhores membros da Mesa Diretora e dos Líderes de Partido".

À imprensa, Sóstenes disse reconhecer o trabalho de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e que ele continuará no país. A oposição quer aplicar o texto para preservar o mandato de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. Em falas públicas, o presidente da Câmara havia negado previsão de exercício de mandato parlamentar à distância.

Estadão
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