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Menopausa precoce já afeta 30 milhões de brasileiras

O número representa 7,9% da população feminina, segundo dados do IBGE

21 dez 2025 - 08h00

Condição silenciosa antecipa riscos graves e exige atenção urgente da saúde pública e das mulheres

Segundo dados divulgados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em 2025, cerca de 30 milhões de brasileiras sofrem com menopausa precoce. O número representa 7,9% da população feminina, de acordo com o IBGE. A condição, que pode ocorrer entre os 40 e 45 anos, exige atenção especial da saúde pública.

Foto: Revista Malu

Embora os sintomas sejam semelhantes aos da menopausa natural, como ondas de calor, insônia, alterações de humor e secura vaginal, o que muda é a idade em que aparecem, antecipando riscos e impactos para a saúde da mulher, a menopausa prematura, por exemplo, pode ocorrer antes dos 40.

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A menopausa precoce exige atenção especial

"Quanto mais cedo a mulher entra na menopausa, maiores devem ser os cuidados com a saúde, já que o declínio hormonal aumenta o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e declínio cognitivo", explica a ginecologista Dra. Ana Maria Passos, especialista em saúde da mulher 40+.

Estudos internacionais reforçam a preocupação: uma meta-análise publicada no Human Reproduction Update apontou que mulheres com menopausa precoce têm risco até 50% maior de desenvolver doenças cardíacas em comparação às que entram na menopausa após os 50 anos.

Diagnóstico e tratamento

Diagnóstico difícil e reposição hormonal como chave para proteger a saúde feminina

As causas podem estar ligadas à genética, mas também a fatores externos como quimioterapia, radioterapia e endometriose. Além da perda da fertilidade, que muitas vezes surpreende mulheres ainda em idade reprodutiva, o diagnóstico pode ser difícil. "Por ocorrer em pacientes jovens, é comum confundir com outras condições, como gravidez ou alterações da tireoide. A confirmação vem com a dosagem do FSH e do estradiol", explica a médica.

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O tratamento inclui reposição hormonal, considerada essencial para proteção cardiovascular, óssea e cerebral, além de suplementação e cuidados com alimentação e estilo de vida. "A mulher que entra na menopausa prematuramente precisa de acompanhamento médico contínuo. Não tem como congelar o tempo, mas é possível preservar a saúde e qualidade de vida", reforça Dra. Ana Maria.

A discussão sobre menopausa precoce vai além da clínica: trata-se de um tema de relevância social e de saúde pública. Informar e orientar mulheres sobre os riscos e possibilidades de tratamento é fundamental para reduzir impactos e garantir que elas possam atravessar essa fase com segurança e bem-estar.

Revista Malu
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