Probióticos e prebióticos: quais são as diferenças e benefícios para a saúde

6 ago 2025 - 04h59

Entenda as diferenças entre probióticos e prebióticos
Entenda as diferenças entre probióticos e prebióticos
Foto: Freepik

Probióticos e prebióticos tem a grafia parecida, mas desempenham papéis diferentes, porém complementares, na saúde intestinal e geral.

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Os probióticos são microrganismos vivos, principalmente bactérias e leveduras, que conferem benefícios à saúde quando consumidos em quantidades adequadas.

"Esses microrganismos benéficos ajudam a equilibrar a microbiota intestinal, fortalecer o sistema imunológico, melhorar a digestão e até mesmo influenciar a saúde mental por meio do eixo intestino-cérebro", explica a Dra. Eliana Teixeira, médica pós-graduada em endocrinologia e nutrologia, especialista em emagrecimento, menopausa e saúde da mulher.

Eles podem ser encontrados em alimentos fermentados, como iogurte natural, kefir, kombucha, kimchi, chucrute e alguns suplementos.

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Já os prebióticos são compostos não digeríveis (geralmente fibras) que servem como "alimento" para os probióticos.

"Eles estimulam o crescimento e a atividade das bactérias benéficas já presentes no intestino, promovendo a diversidade e a saúde da microbiota", detalha a médica.

Os prebióticos são encontrados em alimentos como alho, cebola, aspargos, alcachofra, banana verde, aveia e outros alimentos ricos em fibras solúveis, além de alguns suplementos específicos.

Os benefícios de ambos incluem:

  • Regulação do trânsito intestinal
  • Redução de inflamações sistêmicas
  • Fortalecimento do sistema imunológico
  • Proteção contra patógenos intestinais
  • Benefícios metabólicos - como melhora na resistência à insulina e controle do peso.

Todos devem consumir alimentos ricos em probióticos e prebióticos?

Embora esses alimentos sejam, em geral, benéficos para grande parte da população, a recomendação universal pode não ser adequada.

Em indivíduos saudáveis, um consumo moderado de alimentos ricos em probióticos e prebióticos pode trazer vantagens no longo prazo. No entanto, casos específicos devem ser avaliados individualmente.

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"Pessoas que sofrem de condições como disbiose intestinal, síndrome do intestino irritável (SII), desordens autoimunes, distúrbios gastrointestinais funcionais, entre outras, podem se beneficiar ainda mais do uso de probióticos e prebióticos, mas é essencial adaptar a escolha e as doses com base nas condições clínicas", orienta a especialista.

Existe alguma contraindicação?

Pessoas imunossuprimidas (devido a doenças ou tratamentos como quimioterapia), portadores de infecções graves ou com condições específicas, como super crescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO), devem ter cuidado no consumo de probióticos e prebióticos, pois podem apresentar agravamento dos sintomas ou complicações, como excesso de gases e desconforto abdominal.

"Além disso, a suplementação inadequada ou a escolha incorreta de cepas probióticas pode ser prejudicial para algumas pessoas. De igual importância, o consumo de fibras prebióticas sem adaptação progressiva na quantidade pode causar desconforto, como inchaço, cólicas e alterações no hábito intestinal, especialmente em indivíduos que não estão acostumados a uma dieta rica em fibras. Assim, é fundamental ajustar a dieta de forma gradual", conclui a médica.

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