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Como o consumo de café durante a gestação pode afetar o bebê? Veja o que dizem especialistas

Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro analisaram cerca de 120 estudos para entender os riscos até mesmo da ingestão mínima de cafeína na gravidez e no período de amamentação

22 dez 2025 - 13h39

Durante a gravidez, as futuras mamães são orientadas a suspender ou reduzir o consumo de determinados alimentos e líquidos, como o café. De acordo com cientistas, no caso dessa bebida, o principal risco está nos níveis elevados de cafeína, que podem afetar tanto a saúde da gestante quanto a do bebê. É o que aponta uma série de análises realizadas por pesquisadores do Laboratório de Fisiologia Endócrina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Pesquisadores da UERJ analisaram cerca de 120 estudos para entender os riscos da ingestão de café durante a gravidez
Pesquisadores da UERJ analisaram cerca de 120 estudos para entender os riscos da ingestão de café durante a gravidez
Foto: Pexels/Ivan S / Bons Fluidos

Por que reduzir o café durante a gravidez?

Após revisar cerca de 120 estudos sobre os ricos da cafeína para gestantes, os especialistas constataram que a substância pode afetar principalmente o peso corporal e o sistema endócrino dos bebês. A longo prazo, também identificaram impactos no fígado, órgão responsável pela desintoxicação do corpo, pela regulação da glicose e pelo armazenamento de nutrientes. Além disso, os pesquisadores identificaram efeitos sobre o coração e os hormônios reprodutivos.

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De acordo com a pesquisa, mesmo em baixas quantidades e durante a amamentação, a ingestão de cafeína causa disfunções na tireoide, elevando as chances de diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo. Já o consumo excessivo foi associado a uma maior probabilidade de aborto espontâneo e de malformações fetais. Os cientistas brasileiros explicam que isso ocorre porque, durante a gravidez, os componentes do café permanecem por mais tempo no organismo. Além disso, ao atravessarem a placenta, que não consegue metabolizá-los adequadamente, acabam provocando uma superexposição do feto.

Segundo o estudo, alguns desses efeitos ainda variam de acordo com o sexo do bebê. Por isso, em vez de apenas reduzir o consumo da bebida durante a gestação, a recomendação dos especialistas é suspendê-lo completamente. A orientação também vale para o período de amamentação, quando a criança ainda pode receber doses significativas de cafeína por meio do leite.

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