A morte, na maioria das vezes, não é bem recebida por todo mundo. E uma das partes mais difíceis da perda é decidir o que fazer com os "restos mortais" de quem se foi. Urnas e cerimônias tradicionais carregam um peso emocional e, muitas vezes, ambiental. Mas e se fosse possível ressignificar esse momento? Para algumas pessoas ao redor do mundo, a despedida está acontecendo no fundo do oceano, na forma de um recife de coral vivo. Empresas especializadas têm transformado cinzas de cremação em estruturas subaquáticas, como se fossem corais, que funcionam ao mesmo tempo como memorial e como ferramenta de restauração ambiental.
O que é um memorial de coral?
O memorial de coral é uma ideia muito nova, que surgiu da tentativa de repensar a forma como lidamos com a morte e com a memória dos entes queridos. Ao invés de ocupar espaço em cemitérios ou se limitar a um ritual simbólico para a despedida, o memorial propõe uma lembrança que continua viva no mundo, mesmo que no fundo do oceano.
Mas como funciona na prática? O conceito é simples na ideia, mas a execução é um pouco mais complexa. As cinzas de uma pessoa ou até de um animal de estimação são combinadas com materiais naturais, como conchas de ostras trituradas, areia vulcânica e carbonato de cálcio, para formar estruturas que imitam os recifes naturais. Esses blocos são então moldados ou impressos em 3D e posicionados no fundo do mar, em áreas degradadas.
No Reino Unido, a startup Resting Reef é pioneira ao oferecer um serviço de...
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