ONG registra 295 mortos em quatro dias de ataques do EI a Palmira

17 mai 2015 - 11h29

Pelo menos 295 pessoas morreram na cidade de Palmira e em seus arredores desde o início da ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nesta região do leste da Síria, há quatro dias, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Entre os mortos nesse período há 57 civis, 49 dos quais foram executados pelo EI, 123 soldados das tropas do regime e 115 jihadistas.

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O exército sírio conseguiu expulsar neste domingo os extremistas do interior de Palmira, mas os combates continuam nos arredores, onde o EI domina várias localidades e um campo de gás.

O Observatório detalhou que, dos civis, oito perderam a vida em bombardeios em Palmira e no povoado de Al Sujna, enquanto 49 foram assassinados pelo EI.

As execuções ocorreram em Al Sujna e no vilarejo de Al Ameriya. Entre as vítimas há pelo menos nove menores e cinco mulheres, assim como 23 parentes de trabalhadores locais. O soldados e os radicais morreram em confrontos em Palmira, Al Sujna e no campo de gás de Al Hil, entre outros lugares.

Além destes números, o Observatório registrou que 20 extremistas morreram no sábado em um bombardeio com um barril de explosivos nos arredores da prisão de Palmira, onde continuam os combates.

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As tropas expulsaram o EI do norte da cidade e também realizaram avanços nas últimas horas nos arredores de Palmira. O EI ainda controla Al Ameriya, Al Sujna, o campo de Al Hil e as regiões de Al Hafta e Al Arak.

Palmira tem grande importância estratégica, já que serve como ligação entre o Iraque e a província síria de Deir ez Zor, um dos redutos do EI.

Na Antiguidade, Palmira, localizada em um oásis, se transformou no século I a.C. em ponto de encontro das caravanas da Rota da Seda.

Antes do início do conflito na Síria em março de 2011, suas ruínas, com seus teatros e templos, foram um dos principais centros turísticos do país árabe.

Esta cidade é um dos seis lugares sírios inscritos na lista do Patrimônio da Humanidade da Unesco, junto aos centros históricos de Aleppo, Damasco e Busra; o Krak dos Cavaleiros e as aldeias antigas do norte.

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Todos estes lugares estão também na lista do Patrimônio Mundial Ameaçado pela situação atual na Síria.

  
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