Golpistas têm usado indevidamente serviços de cadeira de rodas em aeroportos para embarque prioritário, prática apelidada de "Jetway Jesus", com brechas legais e críticas por prejudicar quem realmente necessita.
O mundo pode ser um lugar injusto e os aeroportos podem ser ainda pior! Isso porque, nos últimos tempos, algumas pessoas normalizaram solicitar o serviço de cadeiras de rodas nesses locais, somente para ter preferência no embarque em aviões.
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O golpe ficou conhecido nas redes sociais como “Jetway Jesus”: “Jetway”, em referência à ponte de embarque, e “Jesus”, para nomear o “milagre” que ocorre aos supostos cadeirantes quando pousam, que levantam e andam.
Os pretendentes a espertalhões ainda fazem questão de compartilhar a estratégia nas redes sociais — sem a menor preocupação de serem julgados por deixarem o recurso indisponível para quem realmente precisa.
“Quando você deixa seus amigos te convencerem a usar o serviço de cadeira de rodas para que todos passem na frente da fila, porque você não renova sua assinatura”, diz a legenda sobre o vídeo.
Em artigo publicado no Yahoo Travel por um comissário de bordo, ele escreveu que “doenças e deficiências afetam todos os tipos de pessoas” e, sendo assim, nenhum funcionário pode negar a solicitação do serviço de cadeiras de rodas.
No Brasil, não existe uma punição específica para quem for flagrado aplicando o Jetway Jesus, uma vez que a legislação foca em garantir o direito de quem precisa do serviço, e não em punir diretamente quem abusa dele. No entanto, caso seja constatada a fraude, o infrator pode ter o serviço interrompido, ser enquadrado por falsidade ideológica ou fraude e levado para as competências das polícias Federal e Civil.
