Os principais jornais franceses destacam a chegada do filme aos cinemas do país. O diário Libération diz que Kleber Mendonça Filho volta com um thriller magistral: "um filme político, ao mesmo tempo sombrio, engraçado e sensual".
O jornal compara o quarto longa-metragem do diretor pernambucano a "O Riso e a Faca", do português Pedro Pinho, em cartaz nos cinemas franceses neste momento, que também renova a figura do herói. Segundo a crítica, "O Agente Secreto" dialoga da mesma forma com outro grande filme político e popular deste ano, "Uma batalha após a outra", de Paul Thomas Anderson.
O jornal Le Figaro elogia "O Agente Secreto" como um thriller elegante e envolvente, ambientado no Recife dos anos 1970. A matéria destaca a "direção refinada" de Kleber Mendonça Filho, que combina suspense político com uma estética sofisticada.
A crítica ressalta a atuação intensa de Wagner Moura e a recriação minuciosa da atmosfera da ditadura militar. O diário considera que o longa faz um paralelo com clássicos do gênero espionagem, mas preserva uma identidade brasileira marcante.
Força visual e atuação magnética
Para o jornal Le Monde, o filme é marcado pela tensão da ditadura militar e pelo clima de espionagem. O jornal reconhece referências hitchcockianas no trabalho do cineasta brasileiro, como o clássico "Intriga Internacional", de 1959, enquanto constrói uma narrativa de resistência e paranoia.
A publicação ainda destaca a "força visual" do filme, sua recriação histórica detalhada e a "atuação magnética" de Wagner Moura, que dá vida a um personagem dividido entre sobrevivência e idealismo.
O site da revista Télérama apresenta "O Agente Secreto" como um longa de espionagem poético e político. A publicação enfatiza a atmosfera tensa criada por Kleber Mendonça Filho, destacando sua habilidade em combinar suspense com crítica social.
A matéria também menciona a atuação intensa de Wagner Moura e a estética refinada que remete aos clássicos do gênero, tornando o filme "uma experiência imersiva e singular".