Cerca de 35 mil pessoas marcharam neste sábado (21) na capital russa, Moscou, para condenar a revolução ucraniana que há exatamente um ano derrubou o governo do ex-presidente Viktor Yanukovich.
Os manifestantes carregaram bandeiras russas e faixas com palavras de ordem contra o que é considerado um "golpe de Estado" pelas autoridades de Moscou, incluindo o mandatário Vladimir Putin.
O protesto terminou com um comício na Praça da Revolução. Há um ano, após três meses de protestos contra Yanukovich, a capital ucraniana, Kiev, foi palco de sangrentos confrontos que terminaram com a deposição do presidente, forte aliado de Moscou. Ao abandonar seu cargo, Yanukovich fugiu para o território russo.
Em entrevista neste sábado, o ex-presidente garantiu que voltará à Ucrânia "assim que possível". "Retornarei assim que for possível e farei de tudo para que a vida dos ucranianos seja mais fácil", disse o ex-mandatário, ressaltando que o principal objetivo atualmente é "encerrar a guerra".
"Nenhum regime vale as perdas que a Ucrânia sofreu desde fevereiro de 2014", comentou. Na semana passada, a Ucrânia e a Rússia concordaram em iniciar um cessar-fogo a partir do dia 15. As negociações foram medidas pela França e Alemanha, mas, de acordo com fontes locais, ainda há confrontos em zonas do leste da Ucrânia, sob domínio de separatistas pró-russos.