Galeria do Museu do Louvre é fechada ao público devido a risco de desabamento

Menos de um mês após o roubo espetacular de joias da coroa francesa, o Museu do Louvre volta a enfrentar problemas. Uma das galerias do prédio histórico, em Paris, foi fechada ao público a partir desta segunda-feira (17) "por medida de precaução" após um relatório apontar a "fragilidade" de algumas vigas em uma das alas do prédio.

17 nov 2025 - 13h39

O anúncio foi feito pelo Museu do Louvre em comunicado. A Galeria Campana, que abriga nove salas dedicadas à cerâmica grega antiga, ficará fechada enquanto são realizadas "investigações sobre a fragilidade" do edifício. A galeria está localizada no primeiro andar da ala sul do museu.

Uma das galerias do Museu do Louvre, em Paris, foi fechada ao público a partir desta segunda-feira, 17 de novembro de 2025, “por medida de precaução” devido à fragilidade de algumas vigas em uma das alas do prédio.
Uma das galerias do Museu do Louvre, em Paris, foi fechada ao público a partir desta segunda-feira, 17 de novembro de 2025, “por medida de precaução” devido à fragilidade de algumas vigas em uma das alas do prédio.
Foto: REUTERS - Abdul Saboor / RFI

O fechamento decorre da entrega, na sexta-feira, de um relatório por um escritório de estudos técnicos que "alertou" a instituição cultural. A preocupação é com a "fragilidade de algumas vigas que sustentam os pisos do segundo andar da ala sul" do quadrilátero Sully, que circunda o pátio quadrado do Louvre.

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No segundo andar, também interditado, estão localizados escritórios administrativos. Como consequência, os 65 funcionários do museu terão que deixar os locais de trabalho nos próximos três dias.

Problemas estruturais históricos

Em janeiro, o presidente francês Emmanuel Macron apresentou um plano chamado de "Nova Renascença do Louvre", defendendo um museu "restaurado e ampliado". O projeto prioriza a restauração, modernização técnica e revitalização justamente do quadrilátero Sully, de acordo com o Louvre.

O segundo andar da ala sul, atualmente ocupado por escritórios, já vinha sendo monitorado há anos devido à sua concepção arquitetônica complexa e às obras estruturais realizadas na década de 1930, que deixaram os pisos vulneráveis.

Após o alerta do relatório técnico, e seguindo recomendações do arquiteto-chefe dos monumentos históricos responsável pelo Palácio do Louvre, a direção decidiu, além de interditar o acesso aos escritórios, iniciar uma campanha complementar de investigações para determinar as causas das recentes alterações e realizar os reparos necessários. Enquanto isso, a Galeria Campana permanecerá fechada ao público.

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O roubo espetacular de joias da coroa francesa do Louvre, em 19 de outubro, alertou para a falta de investimentos em modernização e segurança do museu mais visitado do mundo. Quatro pessoas foram presas e indiciadas após o episódio, mas as joias, avaliadas em € 88 milhões, sem contar o valor simbólico, ainda não foram encontradas.

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