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Cameron se desculpa por assessor ligado a grampos ilegais

Andy Coulson, que além de assessor do premiê foi editor do News of the World, foi condenado em julgamento nesta terça-feira

24 jun 2014 - 13h20
(atualizado às 13h26)
<p>Primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron fala durante uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em Downing Street, centro de Londres, em 19 de junho</p>
Primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron fala durante uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em Downing Street, centro de Londres, em 19 de junho
Foto: Reuters

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse nesta terça-feira que errou ao contratar Andy Coulson como seu assessor de comunicação em 2007. Ele fez a declaração pouco depois que Coulson, ex-editor de um tabloide de Rupert Murdoch, foi considerado culpado de envolvimento em uma conspiração para realizar escutas telefônicas ilegais.

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A oposição há muito tempo questiona a decisão de Cameron na contratação de Coulson, que renunciou à direção do News of the World, jornal de Murdoch agora extinto, quando dois de seus funcionários foram presos por grampos ilegais, antes de Cameron o contratar.

O veredito de Coulson ameaça prejudicar a reputação do líder conservador, antes de uma eleição nacional no próximo ano. O Partido Trabalhista, da oposição, diz que o episódio mostra como o primeiro-ministro falha em suas avaliações.

Em um clipe para a TV britânica produzido menos de duas horas após o veredito ter sido anunciado, Cameron tentou limitar os danos à sua imagem apresentando rapidamente um inequívoco pedido de desculpas.

"Eu sinto muito tê-lo empregado, foi a decisão errada", disse Cameron sobre Coulson, dizendo que estava apresentando um pedido de desculpas "completo e franco" pela contratação.

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"Eu perguntei se ele sabia sobre as escutas ilegais, e ele disse que não. Eu aceitei suas garantias e dei-lhe o emprego", disse Cameron.

Coulson, de 46 anos, dirigiu as operações de mídia do líder britânico entre 2007 e 2011. Cameron afirmou que havia dado a Coulson uma segunda chance após a carreira de mídia do ex-editor ter terminado, algo que o líder diz agora ter sido uma má decisão.

Coulson negou irregularidades antes e depois da contratação por Cameron. Durante o julgamento, Coulson admitiu ter conhecimento de apenas uma situação de grampos ilegais, mas declarou que sua equipe não o informou sobre a atividade criminosa generalizada.

Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, disse em 2011 que foi "um erro catastrófico de julgamento" Cameron ter contratado Coulson.

Alguns dos aliados de Cameron o alertaram à época contra a contratação de Coulson por causa da divulgação de histórias suspeitas sobre o tabloide que ele dirigia, mas Cameron decidiu não ouvir suas advertências.

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