Trump prepara declaração de emergência para justificar tarifaço de 50% sobre Brasil, diz agência

Brasil não se enquadra no mesmo perfil de outros países que foram atingidos por tarifas

25 jul 2025 - 14h55
(atualizado às 15h09)
Resumo
Trump prepara declaração de emergência para impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, citando questões políticas e comerciais, enquanto o Brasil tenta reverter a medida, considerada uma ameaça à sua soberania.
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Os Estados Unidos buscam por novos fundamentos legais para dar base à tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros e o presidente Donald Trump prepara uma nova declaração de emergência para justificar a aplicação da tarifa. É o que afirmam fontes do governo norte-americano à agência Bloomberg News, nesta sexta-feira, 25.

Se Trump cumprir sua palavra, as taxas serão aplicadas ao Brasil na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto. Mas, segundo a agência, a situação é delicada pois o Brasil não se enquadra no mesmo perfil de outros países que foram atingidos por tarifas recíprocas do republicano.

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Isso porque os EUA têm superávit na relação comercial com o Brasil: ou seja, vendem mais para os brasileiros do que compram. A relação com os outros países tarifados é inversa.

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A mobilização em torno de uma nova declaração de emergência, que estaria sendo planejada pelo governo dos EUA, simboliza a busca por uma justificativa legal para a tarifa ao Brasil. 

A ameaça da tarifa de 50% ao Brasil foi feita no último dia 9, em publicação de Trump nas redes sociais. Em carta direcionada ao presidente Lula, o republicano associou a taxa à “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que está sendo julgado como suposta parte do "núcleo central" da trama golpista nas eleições passadas. Outro motivo seria a movimentação brasileira em prol da regulamentação das big techs.

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Em paralelo, o governo segue em mobilização para tentar reverter a medida. Nesta sexta-feira, por exemplo, Lula colocou seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), à disposição para conversar com Trump sobre a questão. Até o momento, não há indícios de que Trump mudará de ideia. 

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Fonte: Redação Terra
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