Fundador do WikiLeaks apela na Suécia contra ordem de prisão
1 dez2010 - 13h02
(atualizado às 13h40)
O australiano Julian Assange, fundador do website WikiLeaks, especializado em divulgar documentos sigilosos de governos e corporações, recorreu contra uma ordem de prisão expedida contra ele na Suécia por crimes sexuais, informou nesta quarta-feira a principal corte do país.
Assange nega as acusações de estupro, molestamento sexual e coerção ilegal que levaram a Justiça sueca a emitir a ordem de prisão, transmitida mundialmente na terça-feira pela Interpol. O recurso foi apresentado na terça-feira pelo advogado de Assange, Bjorn Hurtig.
Assange é um ex-hacker que agora está no centro de uma controvérsia mundial desencadeada pela liberação pelo WikiLeaks, no fim de semana, de centenas de milhares de despachos diplomáticos sigilosos do governo norte-americano. Ele nega as acusações de crime sexual.
O site da Interpol, a agência internacional de polícia, diz que quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Assange, 39 anos, deve contatar a polícia local. O atual paradeiro de Assange é desconhecido. Acredita-se que ele esteja passando de um país a outro.
Alertas vermelhos permitem que mandados de prisão expedidos por um país possam ser cumpridos em outro, o que facilita a captura e ajuda na possível extradição dos suspeitos.
A promotoria sueca iniciou em setembro uma investigação contra Assange por acusações de estupro, molestamento sexual e coerção ilegal. No dia 18 de novembro, uma corte sueca ordenou a detenção dele.
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Assange diz que as alegações não têm fundamento e criticou o que qualificou de "circo" na Suécia, onde ele procurava manter uma base para se beneficiar das rigorosas leis de proteção a jornalistas.
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Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
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O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
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Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
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Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
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O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
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O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco
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