Síria: mais de 15 milhões são chamados a votar em 3 de junho

O atual presidente, Bashar al-Assad, é o favorito para eleições e disputa cargo com dois rivais

28 mai 2014 - 10h00
Um sírio morador de Beirute, Líbano, mostra cédula de votos para presidência da Síria
Um sírio morador de Beirute, Líbano, mostra cédula de votos para presidência da Síria
Foto: Reuters

Mais de 15 milhões de sírios estão convocados a votar na eleição presidencial de 3 de junho, na qual o presidente Bashar al-Assad é o amplo favorito contra apenas dois rivais, anunciou o ministério do Interior.

"O número de cidadãos com mais de 18 anos que podem exercer o direito ao voto, de acordo com a Constituição, é de 15.845.575, tanto dentro como fora do território sírio", afirma um comunicado ministerial, citado pela agência oficial Sana.

Publicidade

Mais de 9 mil locais de votação, com 11 mil urnas, serão instalados em todo o país, em guerra há três anos.

A votação acontecerá de 7h às 19h locais (da 1h às 13h em Brasília), mas o horário pode ser prolongado no caso de um pedido da comissão jurídica para as eleições.

Eleitor deixa seu voto em urna para presidente na Embaixada síria no Iêmen nesta quarta-feira
Foto: Reuters

Os eleitores poderão votar onde desejarem com a carteira de identidade, segundo o ministério, que pretende facilitar a votação de quase sete milhões de deslocados em todo o país.

Milhares de sírios residentes no exterior começaram a votar nesta quarta-feira em 38 embaixadas, segundo a televisão estatal. O número de inscritos nas embaixadas com urnas chega a 200 mil.

Publicidade

A eleição presidencial é organizada pelo regime nas regiões sob seu controle, mas é chamada de "farsa" por vários países ocidentais e pela oposição síria no exílio.

Em tese, esta é a primeira eleição presidencial na Síria em mais de 50 anos, pois tanto Assad como seu pai, Hafez, que governou o país com mão de ferro entre 1970 e 2000, foram designados por referendos.

Entenda os conflitos na Síria: Confrontos começaram em março de 2011, se transformaram em guerra civil e já fizeram milhares de mortos e outros milhões de refugiados

Publicidade
Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações