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Computadores serão desligados para obrigar pessoas a parar de trabalhar até tarde na Coreia do Sul

A iniciativa do governo da capital, Seul, é uma tentativa de acabar com 'cultura da hora extra'.

22 mar 2018 - 13h37
(atualizado às 13h40)
A maior parte dos funcionários públicos pediu para ser excluída da regra
A maior parte dos funcionários públicos pediu para ser excluída da regra
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

O governo da capital da Coreia do Sul estabeleceu uma nova regra para forçar seus funcionários a irem embora na hora certa - seus computadores serão desligados automaticamente às 19h.

Inicialmente, o desligamento automático funcionará somente às sextas-feiras.

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A administração está tentando acabar com o que é classificado como "cultura de trabalhar demais" - algo que também está sob escrutínio no vizinho Japão, onde casos de morte por excesso de trabalho, incluindo suicídios, chamaram a atenção da mídia e da opinião pública.

A Coreia do Sul tem uma das maiores jornadas de trabalho do mundo. Funcionários públicos trabalham uma média de 2.739 horas por ano - cerca de mil horas a mais que trabalhadores em outros países desenvolvidos.

Isso dá cerca de 57 horas por semana. No Brasil, a jornada de trabalho de funcionários públicos costuma ser de 40 horas por semana.

Como funcionará

A nova regra do governo municipal de Seul será implantada em três fases ao longo dos próximos três meses, começando no dia 30 de março, quando os computadores serão desligados às 20h.

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Em abril, os trabalhadores não poderão mais usar os aparelhos a partir das 19h30 em duas sextas-feiras por mês.

A partir de maio, os computadores serão desligados todas as sextas, às 19h.

Segundo o governo, todos os funcionários estarão sujeitos ao desligamento, mas exceções podem ser concedidas em circunstâncias especiais.

Trabalhar demais é considerado normal na Coreia do Sul
Foto: Alxey Pnferov/Getty Images / BBC News Brasil

No entanto, a maioria dos funcionários parece estar discordando das medidas - de acordo com o a administração, 67,1% dos trabalhadores pediram para serem excluídos do esquema.

O excesso de trabalho é um problema recorrente na Coreia do Sul.

No início de março, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei para diminuir a jornada de trabalho máxima de 68 horas por semana para 52 horas.

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