Brexit serviu como "vacina" contra o voto anti-UE nas eleições, diz presidente do Conselho Europeu

28 mai 2019 - 19h17

A paralisia britânica diante do Brexit serviu como uma "vacina" contra o voto cético nas eleições parlamentares da União Europeia, disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, nesta terça-feira. 

Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. 28/5/2019.  REUTERS/Yves Herman
Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. 28/5/2019. REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

Partidos céticos em relação à União Europeia cresceram nas eleições do bloco na semana passada, porém menos do que o esperado e partidos pró-UE, progressistas e ecológicos também cresceram às custas dos partidos de centro que se fragmentaram, de acordo com os últimos resultados preliminares. 

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Partidos favoráveis à União Europeia ainda terão maioria na nova assembleia e o bloco informou Londres na terça-feira que não renegociará o acordo de retirada do Reino Unido que havia sido acertado com a primeira-ministra Theresa May, mas que não foi retificado no parlamento inglês. 

"Não tenho dúvidas de que uma das razões pelas as quais as pessoas no continente elegera uma maioria pró-europeia é o Brexit", disse Tusk a jornalistas após dirigir uma cúpula entre líderes da UE para escolher cinco nomes para os principais cargos do bloco. 

"O europeu vê o que o Brexit significa na prática e tira suas conclusões. O Brexit foi uma vacina contra a propaganda anti-UE e as fake news". 

A crise política britânica e a divisão social em torno do Brexit se aprofundaram desde que os britânicos decidiram nas urnas pela saída da UE há quase três anos. 

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Como, quando e mesmo se o Reino Unido vai deixar o bloco ainda é incerto, um enigma político que engoliu a primeira-ministra Theresa May, que deve deixar seu cargo no mês que vem. Um novo primeiro-ministro conservador pode buscar uma ruptura muito mais decisiva com a União Europeia. 

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