"Uma explosão terrorista atingiu a mesquita Ali Bin Abi Taleb durante as orações de sexta-feira, no distrito de Wadi al-Dahab, em Homs", disse o Ministério do Interior, em um comunicado, acrescentando que 21 pessoas ficaram feridas.
A agência de notícias oficial síria Sana informou que uma investigação foi iniciada para determinar a causa da explosão, ocorrida em uma área de minoria alauíta, grupo étnico-muçulmano que vive principalmente na costa ocidental do país.
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"Este ato criminoso e covarde" constitui uma das "tentativas desesperadas e repetidas de minar a segurança, a estabilidade e semear o caos" na Síria, declarou um comunicado do Ministério da Saúde. O governo do país prometeu "combater o terrorismo em todas as suas formas".
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma ONG com sede no Reino Unido e uma ampla rede de fontes na Síria, disse que ainda não era possível determinar se a explosão foi causada "por um atentado suicida ou por um dispositivo explosivo". Uma fonte de segurança local em Homs indicou à AFP, sob condição de anonimato, que a explosão pode ter sido provocada por "um dispositivo explosivo colocado dentro da mesquita".
Moradores se refugiam em casa
Um morador da região, que também pediu para não ser identificado, afirmou à AFP que as pessoas "ouviram uma forte explosão" e que "caos e pânico" tomaram conta da área. "Ninguém se atreve a sair de casa. Podemos ouvir sirenes de ambulâncias", acrescentou.
De acordo com Issam Naameh, um funcionário local, a explosão ocorreu durante as orações do meio-dia de sexta-feira, geralmente o horário de maior movimento. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque até o momento.
A agência de notícias Sana publicou imagens do interior da mesquita, com uma das paredes destruídas e fumaça preta cobrindo parcialmente o prédio. A cidade de Homs, predominantemente sunita, possui diversos bairros habitados pela minoria alauíta, da qual fazia parte o ex-presidente Bashar al-Assad, deposto em dezembro de 2024.
Perseguição a alauítas, minoria de Bashar al-Assad
A coalizão de grupos rebeldes islâmicos sunitas que derrubou o ditador é liderada por Ahmad al-Sharaa, atual presidente interino da Síria. Desde então, a comunidade alauíta tem sido alvo de ataques.
De acordo com uma comissão nacional de inquérito, pelo menos 1.426 de seus membros foram mortos em confrontos em março entre as forças de segurança e homens leais a Bashar al-Assad no oeste do país. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos estimou o número de vítimas em mais de 1.700, principalmente alauítas.
No início deste mês, dois soldados americanos e um intérprete civil foram mortos no centro da Síria por um agressor descrito pelas autoridades como um suspeito membro do grupo Estado Islâmico.
Com AFP
