O partido de extrema-direita espanhol Vox mais que dobrou o número de assentos na região da Extremadura nas eleições de domingo, complicando as negociações de coalizão com o líder das pesquisas, o conservador Partido Popular.
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) do primeiro-ministro Pedro Sánchez perdeu dez cadeiras na assembleia de 65 assentos, dando continuidade a uma tendência de queda iniciada em 2023, quando empatou com o Partido Popular (PP), que assumiu o poder com o apoio do Vox.
As derrotas em uma região que governou por décadas aumentaram ainda mais a pressão sobre o PSOE, cujo governo nacional minoritário foi enfraquecido por uma série de escândalos. As eleições regionais no próximo ano estão previstas para Aragão, Castela e Leão e Andaluzia.
A presidente da região da Extremadura, Maria Guardiola, do PP, convocou eleições antecipadas após não conseguir aprovar o orçamento regional, já que o Vox se recusou a apoiá-lo.
O PP conquistou 29 cadeiras, uma a mais do que em 2023, mas quatro a menos do que a maioria, enquanto o Vox subiu de cinco para 11 cadeiras, deixando novamente os conservadores dependentes do apoio da extrema-direita para governar.
O Partido Socialista caiu para 18, em um de seus redutos históricos. Dias antes, o partido havia pedido desculpas por falhas no tratamento de denúncias de assédio sexual, o que gerou críticas de seus parceiros de coalizão e da oposição.
As eleições de domingo ampliam a tendência de guinada à direita na região da Extremadura, iniciada em 2023, com o bloco combinado PP-Vox agora detendo pouco mais de 60% dos votos.