Um novo levantamento da Organização das Nações Unidas redefiniu o conceito de grande cidade em 2025. O estudo não analisou apenas limites administrativos tradicionais. Em vez disso, a ONU avaliou áreas urbanas contínuas, fluxos de deslocamento diário e integração econômica entre municípios vizinhos. Com isso, Jacarta, capital da Indonésia, alcançou o topo do ranking global de metrópoles.
A mudança metodológica alterou de forma significativa a lista das maiores aglomerações. Cidades que apareciam no topo em rankings anteriores perderam posições. Outras, antes pouco citadas, passaram a ocupar lugar de destaque. A nova abordagem considera o modo como as pessoas vivem, trabalham e circulam em cada região urbana.
O que mudou na metodologia da ONU para medir metrópoles?
A ONU passou a focar na ideia de aglomerado urbano funcional. Assim, o estudo avaliou mancha urbana contínua, conexões de transporte e dependência econômica entre cidades próximas. Na prática, a análise mede a metrópole como um único organismo urbano, e não como vários municípios isolados.
O levantamento incorporou ainda dados recentes de mobilidade. Satélites, informações de telefonia móvel e registros de transporte público ajudaram a mapear deslocamentos diários. Dessa forma, regiões muito integradas passaram a contar como uma só metrópole. Ao mesmo tempo, áreas com pouca conexão perderam peso no cálculo final.
Por que Jacarta aparece como a maior metrópole do mundo?
A metrópole de Jacarta cresceu além das fronteiras oficiais da cidade. A região conhecida como Jabodetabek reúne Jacarta e diversos municípios vizinhos altamente conectados. A mancha urbana se espalha por vários distritos, sem interrupção relevante no tecido urbano.
A ONU identificou intenso fluxo diário de trabalhadores entre Jacarta, Bogor, Depok, Tangerang e Bekasi. A população circula por rodovias, linhas de trem e corredores de ônibus em grande escala. Assim, a organização considerou todo esse sistema integrado como uma única metrópole. Com isso, o número total de habitantes superou outras grandes concentrações urbanas, como Tóquio e Delhi.
Como a nova lista de metrópoles impacta o planejamento urbano?
Aliás, ao adotar essa metodologia, a ONU reforça a importância da governança metropolitana. Problemas urbanos não respeitam fronteiras municipais. Questões como transporte, habitação, saneamento e clima exigem coordenação regional. Por isso, o novo ranking busca apoiar políticas mais integradas entre cidades do mesmo entorno.
Inclusive, gestores públicos podem usar esses dados para planejar investimentos. A lista ajuda a dimensionar demanda por moradia, empregos e serviços. Além disso, o estudo destaca regiões mais expostas a riscos ambientais. No caso de Jacarta, por exemplo, a metrópole enfrenta desafios com enchentes, afundamento do solo e aumento do nível do mar. Esses fatores exigem respostas conjuntas de vários governos locais.
Quais critérios definem as maiores metrópoles do mundo?
A nova metodologia considera um conjunto de elementos combinados. Entre os principais, aparecem fatores demográficos, espaciais e funcionais. A seguir, alguns pontos centrais do cálculo:
- População total do aglomerado urbano contínuo.
- Extensão da mancha urbana observada por imagens de satélite.
- Fluxos diários de deslocamento entre cidades vizinhas.
- Integração econômica medida por vínculos de trabalho e serviços.
- Infraestrutura de transporte que conecta a região metropolitana.
Portanto, com essa abordagem, a ONU busca representar o cotidiano real das pessoas. A análise acompanha trajetos de casa para o trabalho, uso de serviços e rede de relações econômicas. Assim, a classificação das metrópoles reflete a dinâmica urbana de forma mais abrangente. Esse olhar também facilita comparações entre países com sistemas administrativos distintos.
As 10 maiores metrópoles do mundo em 2025 segundo a nova metodologia
A seguir, a lista das dez maiores metrópoles em 2025 de acordo com a nova metodologia da ONU. A ordem considera o tamanho total do aglomerado urbano integrado.
- Jacarta (Indonésia) - Metrópole de Jabodetabek, com extensa mancha urbana e forte integração diária.
- Delhi (Índia) - Grande concentração que reúne capital nacional e cidades satélites densamente conectadas.
- Tóquio (Japão) - Ampla região metropolitana que inclui vários centros urbanos interligados por transporte de alta capacidade.
- Shanghai (China) - Polo econômico com crescimento intenso, cercado por cidades industriais próximas.
- São Paulo (Brasil) - Complexo urbano que agrega diversos municípios da Região Metropolitana e do entorno expandido.
- Dhaka (Bangladesh) - Aglomerado denso, com expansão rápida e elevada concentração populacional.
- Cidade do México (México) - Centro político e econômico que integra municípios vizinhos em uma única área urbana.
- Cairo (Egito) - Metrópole do vale do Nilo, com áreas periféricas que se conectam ao núcleo central.
- Pequim (China) - Capital nacional cercada por cidades funcionais que formam um grande sistema urbano.
- Mumbai (Índia) - Região costeira densa, ligada a centros industriais e residenciais da área metropolitana.
Aliás, esse novo enquadramento das maiores metrópoles do mundo orienta debates sobre mobilidade, habitação e sustentabilidade urbana. Ao olhar para a cidade real, onde as pessoas circulam e trabalham, a ONU oferece um retrato mais preciso da urbanização global em 2025.