Mexicanos anunciam caravana nacional pelos 43 desaparecidos

Caravana se dividirá em três contingentes distintos para percorrer os estados do norte e do sul do país, e o próprio estado de Guerrero

13 nov 2014 - 07h56
(atualizado às 20h04)
O México enfrenta protestos em diversas áreas pelo desaparecimento e possível massacre de 43 estudantes
O México enfrenta protestos em diversas áreas pelo desaparecimento e possível massacre de 43 estudantes
Foto: Oscar Martinez / Reuters

Os alunos da escola rural para professores, a mesma dos 43 estudantes que desapareceram em setembro, anunciaram nesta quarta-feira que farão uma caravana nacional de protesto e para informar a população sobre a situação no estado de Guerrero, no sul do México.

O estudante Omar García informou em entrevista coletiva na Escola Normal Rural de Ayotzinapa que a caravana, que também contará com familiares dos desaparecidos e organizações civis, se dividirá a partir desta quinta-feira em três contingentes distintos para percorrer os estados do norte e do sul do país, e o próprio estado de Guerrero.

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Os três grupos se encontrarão na Cidade do México no dia 20 de novembro, data em que é lembrada a Revolução Mexicana, disse García.

O desparecimento dos estudantes acabou gerando manifestações violentas em todo o país. O Conselho Coordenador Empresarial (CCE) de Guerrero informou que os prejuízos causados pelos protestos foram superiores a 55 milhões de pesos (US$ 4 milhões).

Apesar de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter anunciado que os estudantes foram assassinados, o movimento "43x43. Nem mais um desaparecido" considerou hoje que existe "a possibilidade de encontrar com vida os estudantes", ao se basear no relatório divulgado ontem pelos peritos argentinos que foram contratados pelos familiares.

A Equipe Argentina de Antropologia Forense afirmou ontem que as análises feitas nos cerca de 30 corpos, encontrados em valas clandestinas na cidade Iguala, determinaram que os restos não são dos estudantes desaparecidos.

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"É uma luz de esperança para os parentes e para todo o México", opinou José Alcaraz, dirigente deste movimento que realizou uma marcha de Iguala à Cidade do México em solidariedade aos estudantes desaparecidos.

  
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