Os comandantes máximos das duas principais guerrilhas colombianas se reuniram em segredo para discutir formas de fortalecer sua luta, num sinal de que podem tentar pressionar o governo para estabelecer uma negociação de paz conjunta.
Em nota publicada conjuntamente na segunda-feira, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) disseram ter realizado uma incomum "cúpula" dentro da Colômbia, durante a qual seus líderes manifestaram a necessidade de que todos os grupos rebeldes participem do processo de paz.
Negociadores do governo e das Farc atualmente mantêm um processo de paz em Havana, na esperança de encerrar uma guerra civil de cinco décadas. O processo ocorre sem a declaração de uma trégua, e nos últimos dias houve confrontos entre guerrilheiros marxistas e forças de segurança.
Na sua nota, as Farc e o ELN disseram ter realizado "uma cúpula em um ambiente fraterno de unidade e camaradagem, com a ideia de fortalecer os avanços no sentido de um movimento guerrilheiros e revolucionário unificado para o nosso país".
"Qualquer solução para o conflito interno no nosso país por meio do diálogo deve inevitavelmente avançar por meio de conversações com todos os insurgentes colombianos", acrescenta o texto, firmado por Timoleon Jimenez, o Timochenko, dirigente das Farc, e por Nicolás Rodríguez, o Gabino, do ELN.